Algumas, dependendo do dia, até se emocionavam ao falar do PRÊMIO NOBEL e ao relatar que, de fabricante de explosivos, de dinamite e de armas, aquele sujeito havia se tornado um homem quase santo, muito rico, e que, antes de morrer, destinou sua imensa fortuna àqueles que continuassem, pelos séculos a fora, queimando incenso em sua memória. E quando ouvirem qualquer tipo de explosão, mesmo que seja de um bujão de gás, lembrai-vos de mim!
Crianças.., ignorantes... e em pleno processo de adestramento, ficávamos boquiabertos com as palavras da "tia" e achando que a vida iria ser uma maravilha...
O culto a Nobel e às suas Coroas Suecas! Tudo bem. É a vaidade, essa doença infantil que não acaba nem mesmo depois do ato final. Mas o que deve ter pensado esse inesquecível defunto, na semana passada, ao ver que parte de sua fortuna, (o tal prémio Nobel de economia) será dada a dois senhores pela humanitária bravata de apresentar ao mundo uma nova TEORIA dos leilões?
Leilões? Caralho! Quem é que não tem asco por leilões? Sejam eles dos pentelhos de Ava Gardner; da última caixa de charutos de Freud; dos Manuscritos de Sade; de carros confiscados de traficantes ou das obras de Picasso?
E quê benefícios essa nova TEORIA SOBRE OS LEILÕES poderão trazer para a humanidade? Principalmente agora?, para uma humanidade que está há sete oito meses se debatendo entre hospitais, estatísticas fajutas e cemitérios, em guerra com um vírus e atirando para todos os lados, sem ter conseguido sequer produzir algum novo tipo de 'aspirina' ou de 'elixir paregórico' para interromper sua marcha?
E o NOBEL de literatura, à poetisa americana?
Sinceramente, não consigo ver nenhum nexo entre aquele fabricante de explosivos (quase o precursor do terrorismo do século XIX) e a beatice dessa poetisa!
E o que esse milionário defunto pensaria do Nobel da Paz, que este ano foi concedido à FAO, àquela organização fundada em 1945 com a finalidade de saciar a fome e consolar os pobres e os fodidos do planeta?, quando, todo mundo vê, que a miséria e a fome, de lá para cá, só vêm aumentando?
O Mendigo K, depois de comentar esses igNOBEIS assuntos e dar uma longa gargalhada, me perguntou: Bazzo, será que o velho Nobel, já naqueles tempos, secretamente, não cultivava algumas "segundas intenções" com seus inventos?...
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