Com todas essas loucuras reveladas e manifestas, no meio de toda essa acromania, quem é que ainda consegue conservar alguma ilusão e expectativa saudável para a volta da normalidade? Aliás, desde quando nossa vida transcorreu em normalidade? E como é que conseguimos sobreviver até aqui, no meio de todo esse desvario sistêmico e comandados por esse bando de lunáticos com suas personalidades esquivas e ornamentais?
Estávamos cegos? Surdos? obnubilados? Em estado de graça? Caídos numa valeta abraçados a uma garrafa de cachaça?
E para aqueles coitados e otimistas, que ainda ficam excitados e ansiosos imaginando e querendo saber como será a "nova normalidade", é preciso que nos mantenhamos intelectualmente honestos para colocar-lhes um espelho diante da cara e dizer-lhes: A nova normalidade, seu otário, será a que está nos jornais de hoje...
A respeito da rejeição da ANVISA para importação da vacina Sputnik V., apesar dos estalinistas, dos rasputinianos e dos revolucionários virtuais e cibernéticos jurarem que é a melhor vacina do mundo e que a não aprovação pela ANVISA é apenas uma manifestação/retaliação reacionária e ideológica, um gesto pornográfico em favor dos gringos americanos e contra a antiga URSS; apesar dessa gente nos lembrar constantemente da promessa de Lenin de que um dia todos teríamos urinóis de ouro em baixo de nossas camas.., apesar de tudo isso, por agora, é fundamental (se não por respeito ao corpo, pelo menos por soberania) apostar e acreditar na ANVISA. E, claro, aprender a conjugar o verbo replicar... Eu replico! Tu replicas! O vírus replica... E onde estão os Barnabés sonâmbulos e sábios das academias que não se manifestam?
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EM TEMPO: Enquanto finalizava este texto, recebi oito mensagens. Quatro religiosas, defendendo a fé e o absurdo, exatamente por ser absurdo; uma me lembrando que dia 28 de abril se comemora na Itália o fuzilamento e a degola de Mussolini; outra fazendo apologia do Bolsonaro; uma apostando na volta do Lula e uma me oferecendo um Seguro de vida. Além disso, do pátio lá em baixo, chegava até minha mesa de estudos a cantoria de cinco ou seis crianças que, capitaneadas por uma mocinha travestida de educadora, cantavam e dançavam: Atirei um pau no gato to, to..., mas o gato to, to, não morreu seu, reu.... Lembram? E a intercalavam com outra, que já existia na infância de minha tataravó: Escravos de Jó jogavam caxangá... Lembram? E as crianças rodopiavam de mãos dadas e entediadas como se tivessem algum deficit intelectual, enquanto ouviam a história do Pica-pau amarelo, do Monteiro Lobato ou O Menino maluquinho, do Ziraldo. Olhavam umas para as outras como se quisessem dizer: Chega! Não aguentamos mais ouvir essas merdas! Essas idiotices que já idiotizaram nossos irmãos mais velhos! Queremos iniciar-nos nas partituras de Dvorak e na literatura fantástica do Borges e do Giovanni Papini...
Fiquei por uns minutos assistindo aquele horror pedagógico e de adestramento, aquele desprezo pela vitalidade infantil e revalidei a minha tese antiga: Não, não há solução! Não precisa nem ser adivinho para saber que permaneceremos por mais uns mil anos nessa ignorância e nessa miséria... Porque, como o vírus, elas também se replicam...
Oggi è un giorno di festa, il 28 aprile mussolini è stato impiccato!
ResponderExcluirvai tomar no teu cu, tu se acha melhor que todo mundo...te mata velho vadio, teus livrecos sao um BOSTA ninguem le essas tuas merdas.Vai capinar um lote ou te suicida e nao esquece de avisar os parentes pra parentada jogar tuas cinzas no vaso sanitario e apertar forte a descarga
ResponderExcluirAo leitor das 09:20: Vejo aqui pela localização de teu IP que a menos de 500 metros de tua casa há um CAPS. Dê uma passadinha lá, são profissionais competentes e te atenderão sem grande burocracia. Att. Ezio Flavio Bazzo
ResponderExcluirComo assim ninguém lê os livros do Bazzo ?! E eu ?!
ResponderExcluirBazzo falando nos seus livros, releio "Lênin nos subterrâneos do Conic" vale a pena conhecer esse Conic ou já é uma galeria qualquer ?
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