quarta-feira, 21 de abril de 2021

Carta dos artistas, (uns de joelhos, outros de quatro) ao Biden... E o canto da araponga-da-Amazônia...






"La celebrità di certi contemporanei dipende unicamente dalla stupidità degli ammiratori..."

Henrich Geissler

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Acabo de ler a carta que um grupo de artistas norte-americanos e brasileiros enviou ao Biden, exigindo que ele não faça nenhum tipo de acordo com o governo brasileiro, (com o Bolsonaro), a respeito do meio ambiente; da ascendência e da ascensão das moto-serras e das fogueiras na Amazônia, já que ele, (o Bolsonaro) não é confiável e etc. Entre os assinantes da carta, para que tenha maior credibilidade, faltou - segundo o Mendigo K - o nome da Miss Bumbum; o da adolescente sueca, representante do 'Fridays For Future' e a do Paulo Coelho...

E, claro, também o canto parecido a um martelo, da araponga-da-Amazônia...

Como hoje é feriado, dia de Tiradentes, li e reli a biografia de Joaquim Silvério dos Reis e também a tal missiva dos artistas enquanto dava longos goles num caneco com chá de Picão Santo. Epistolas e discussões entre palhaços!

A carta é de uma submissão aterradora. De uma trairagem e de um viralatismo tremendo. De joelhos e de quatro! A falta de um pai, de um chefe, de um fuhrer, de um deus!!! 

De onde nos vem essa personalidade intrusa? Essa carência? Essa vassalagem? Essa frescura de subalternos? Essa submissão e essa necessidade? Está ficando cada vez mais evidente que os maiores cretinos e que os piores vira-latas são sempre aqueles que sobreviveram a algum tipo de humilhação e de massacre...

E o Biden, enquanto isso, enquanto espera ansiosamente pela carta redentora dos clows ilustres, com seu "amor" pelas florestas, pelos imigrantes, pelos povos em geral e pelos artistas em particular, acaba de enviar uns dois ou três mísseis sobre a Síria e também de incrementar outras incursões humanitárias, democráticas e armamentistas pelo mundo a fora, sempre com as bênçãos de outros energúmenos ocultos atrás do álibi do selvagismo, da religião ou da arte que, na essência, são a mesma coisa... 

Enfim, como escrevia L. Sciascia: "Atualmente está cada vez mais difícil encontrar um cretino que não seja inteligente e um inteligente que não seja um cretino [...] Oh i bei cretini di una volta!"






Um comentário:

  1. Olá Carlos. É com satisfação que recebo noticias tuas. Como todo mundo estamos aí, no meio da tempestade, e no mesmo barco. Resistiremos e sobreviveremos. Saudações/Ezio

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