quarta-feira, 1 de abril de 2020

O vírus, a burca e a máscara...


"Comme la strip-teaseuse: regarder, mais pas toucher..."

Patrick Declerck










Proibida há uma década na França e em outros países, a obrigação de usar burca (chadri), segundo os especialistas, não tem nada a ver com Maomé, partiu do pessoal do Talibã. Para as feministas, trata-se de uma forma de anular as mulheres; para as religiões ocidentais, um ofuscamento ao véu das carmelitas e a imagem do Cristo semi-nu; enquanto que para outros, é apenas um truque especial para atividades clandestinas. Quem é que esta por debaixo daquele pano? E, no meio das virilhas, levará realmente dois lábios?
Agora, ironicamente, o vírus forçou todo mundo que "quiser sobreviver" a usar uma espécie de burca. E as boutiques fashion já estão disponibilizando umas especiais para suas coquetes, e até com frases babacas do J. Lennon ou do Paulo Coelho. Brancas, pretas, de algodão, de seda, de papel feitas em casa. Lembra das que os velhos bandoleiros do Arizona usavam? E do capuz da Ku Klux Klan?  E dos disfarces dos torturadores nas prisões?
O mendigo K, chegado recentemente da Ilha de Ko phi phi, na Tailândia, contava a uns colegas que viu nos puteiros de lá, muitas meninas chegando de moto para trabalhar, e que portavam máscaras. Máscaras e disfarces.
 O mundo, acreditem, (numa boa!) é um hospício/circo em movimento.




4 comentários:

  1. Boa noite Ezio. Que imagem bacana essa do seu livro...poderia me dizer onde a encontrou? Digo, originalmente...
    Grato.

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    1. Não tenho a mínima idéia, pois o livro foi publicado ainda em 1994. Há 26 anos.
      Att.
      Ezio

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  2. Ezio, quem vai acreditar nessa sua resposta!?? Olhe aí dentro do seu livro(por favor) e envie a referência da capa!

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