"Podia também falar, sem inibição, dos espermatozóides, do óvulo, dos órgãos sexuais masculinos e femininos e de sua união. Mas, no entanto, tinha uma excentricidade. Desde sua infância quando se sentava na privada... precisava fechar os olhos!"
Ariel C. Arango
(IN: Las malas palabras)
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Desde sempre, não apenas no inferno matrimonial, mas também no inferno político e no inferno cotidiano, os adjetivos mais frequentes e mais ferozes para tentar 'destruir o outro', são sempre de origem e de conotação genital. Nesta semana, por exemplo, a ex-presidente Dilma acusou o ex-ministro Ciro de ser misógino. Ontem um deputado acusou um arcebispo de São Paulo e até mesmo o papa de serem 'pedófilos safados'. Não faz muito, um Presidente da Câmara acusou o Presidente da República de ser boiola, e um governador, com pretensões à Presidência da república tornou pública (não se sabe com que fins...) sua preferência sexual por gente do mesmo sexo. Sem falar do chefe de um partido que declarou, (também recentemente e antes de ser preso), que ainda dá 'mais de uma por semana'... etc, etc, etc...
E, no cotidiano, no dia-a-dia, todo mundo ouve alguém referindo-se a seus adversários & inimigos políticos como brochas, mão virada; tarados; arrombados; bichas; putas, sapatão ou frígidas! etc.
Não é curioso?
Existiria algum vaso comunicante entre a política e os genitais? Ou tudo isso está relacionado à repressão sexual e ao campo da psicopatologia?
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