sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Bom dia preguiça. Uma leitura indispensável e obrigatória... (principalmente para os escravos modernos...)



"Nunca trabalhem, dizia Guy Debord".

"A empresa é um universo no qual, frequentemente, uma reunião é a própria finalidade do trabalho e a ação o fim último dessa mesma ação (a menos que seja o contrário) (...) Distinguir a asneira da mentira é o mais difícil numa empresa."
"Dizia Pierre de Courbetin que o mais importante era participar; hoje em dia, porém, o mais importante é participar o menos possível."
"Quanto mais uma grande empresa fala de uma coisa, menos a pratica".
"Quadros subalternos, colegas assalariados, novos escravos, vítimas do terciário, excedentários do processo de desenvolvimento econômico, meus irmãos e irmãs guiados por chefezinhos dóceis e servis, obrigados a vestirem-se de palhaços durante a semana e a perderem o seu tempo entre reuniões inúteis e seminários ocos!"
"A nova gestão, no fundo, é uma ereção obrigatória".
"E totalitária, a empresa é-o de uma maneira soft, como é evidente; não pretende que o trabalho liberte (em alemão Arbeit macht frei), de sinistra memória, muito embora suceda que alguns hipócritas se atrevam a afirmá-lo".
"As empresas tornaram-se organizações de tal forma complexas e labirínticas que nem uma gata aí seria capaz de achar a sua cria".
"A língua de ninguém da empresa está polvilhada de inglês. (follow-up; coach; check do downsizing; reengineering). Isso pode parecer espantoso já que os franceses, na sua quase totalidade, detestam os Estados Unidos que, como se sabe, são um país racista, cheio de desigualdades e inculto."
"A história é para os outros, para os pés descalços que vivem nas franjas do mundo civilizado e que, de quando em quando, se vão matando uns aos outros, sempre que não têm nada de melhor com que se ocuparem,"
"Não falamos para dizer alguma coisa mas para conseguir um determinado efeito".
"Esta prefere a programação neurolinguística (PNI) e outros métodos de pacotilha que têm como única finalidade que se possa continuar a falar e a pensar num círculo vicioso".
"Se as pessoas gostassem mesmo de trabalhar, trabalhavam de graça".
"É como se o nosso mal-estar neste mundo fosse absolutamente fundamental... Cada vez mais direitos e cada vez menos satisfação".
"Só o aluno que teve a capacidade de suportar um determinado número de anos de estudo, a estupidez dos professores, o instinto gregário e o espírito de imitação dos camaradas será capaz de suportar trinta anos de vida de empresa, de frases feitas e de tarefas repetitivas..."
"Moral da história: na empresa, mesmo quando nada há a esperar, há sempre qualquer coisa a temer..."

7 comentários:

  1. Outra leitura indispensável: El rechazo del trabajo: Teoría y práctica de la resistencia al trabajo, de David Frayne

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  2. Obrigado pela referência. Já estou em busca do referido livro. Abraços/Ezio

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  3. Obrigado pela referência. Já estou em busca do referido livro. Abraços/Ezio

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  4. Obrigado pela referência. Já estou em busca do referido livro. Abraços/Ezio

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  6. Obrigado pela referência. Já estou em busca do referido livro. Abraços/Ezio

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  7. Obrigado pela referência. Já estou em busca do referido livro. Abraços/Ezio

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