sábado, 23 de outubro de 2021

A suástica como arquétipo do mal...(?!)

"O mundo compõe-se de duas grandes classes: os que têm mais jantares do que apetite, e os que têm mais apetite que jantares..."(Chamfort)


Na semana passada houve uma pequena confusão na Câmara Municipal de Porto Alegre onde se discutia a obrigatoriedade ou não do tal Passaporte da Vacina. A confusão começou quando entrou no ambiente um grupo com um cartaz contendo uma suástica. 
Por ter sido usada por Hitler e pelo Partido Nacional Socialista alemão e envolvida com todos os horrores da Segunda Guerra Mundial, esse símbolo foi praticamente proscrito do mundo. Em qualquer situação e em qualquer lugar do mundo que alguém a faça visível, (pela razão que for, mesmo que seja na toga de um budista) é imediatamente associado com Hitler, com o anti-semitismo, com a barbárie e considerado um crime.  Mas isso é por pura ignorância! A suástica é apenas uma suástica! Que tenha sido associada a uma loucura durante a última guerra, isto é outra história. É um símbolo (como a cruz) que já existia como signo de harmonia e de equilíbrio entre indianos, japoneses e até entre os astecas, muito antes dos tataravós de Hitler terem nascido. Portanto, na origem, gire ela para a esquerda ou para a direita, não é um 'arquétipo do mal' e não tem nada a ver com as loucuras nazis. Querer riscá-la do mapa e apagá-la do imaginário da humanidade, além de tornar a vida ainda mais medíocre é uma rabugice reacionária!

Por quê Hitler e seus propagandistas a teriam escolhido?

É compreensível que sua presença acione memórias, lembranças, ódios e traumas terríveis, mas não é com seu degredo que se apagará da historia esse desvario e esse sofrimento. 

Aliás, é importante relembrar da técnica de um dos mais ilustres sobreviventes do nazismo: Recordar, Repetir e Elaborar... "Mesmo sendo o princípio básico da psicanálise: Recordar, Repetir e elaborar, a grande maioria dos analistas não está em condições de colocá-lo em prática com relação ao Nazismo. Estavam, e estão, submetidos aos mesmos mecanismos de defesa, típicos  da sociedade em que vivemos". (p. 23)


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