sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Sexo & abusos. Os micro-poderes dos canalhas e os inocentes e castos pequizeiros...


"Na primeira badalada do sino, eu estava na Índia; na segunda, em Leipzig; e na terceira cheguei ao meu corpo..."(Milorad Pavitch, no livro dos Kazares)


A semana que passou foi perdulária e pródiga em estupros e em abusos sexuais no interior de Goiás. Segundo os jornais, prenderam um prefeito por assediar meninos adolescentes; um padre por estuprar estudantes e indiciaram um pastor por abusar de suas beatas. 

O que estaria acontecendo? 

Seria o uso indiscriminado de Viagra ou o consumo exagerado do pequi? Seriam as galinhadas com pequi? Seria a fé doentia e a crença no além dos milicianos de Deus? Ou as noites invernais e românticas ao redor das fogueiras, puxando fumo e vendo a lua subindo por detrás dos Pirineus? É evidente que somos uma espécie problemática que não deu certo. Mas, quando é que vamos convocar a Darwin ou a Calígula para que nos deem alguma explicação? Além desse desvario genital/sexual, somos também os únicos animais que agredimos nossas fêmeas, coisa que nem as hienas e os pitbulls se atrevem. Como nos lembra o vagabundo Jack London:"O homem se distingue dos outros animais, principalmente em um ponto: ele é o único que maltrata sua fêmea, façanha que nem os lobos nem as matilhas de coiotes conseguem... nem mesmo os cães degenerados pela domesticação..."

Agora, no meio de toda essa loucura e soltos nesse imenso hospício, a questão fundamental, tanto no Reino da filosofia como no Reino da veterinária, é: QUEM poderá trazer-nos de volta para à sanidade? (se é que algum dia já existiu alguma coisa com esse nome...)



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