terça-feira, 22 de março de 2022

E o batalhão de Azov?


"A verdade é de tal maneira odiosa aos homens, que quando mencionam uma, a colocam na boca de um louco como Hamlet..."(Vargas Vila)

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E a guerra continua lá na Ucrânia. Os especialistas, não em guerras, mas em transtornos de personalidade, apostam que o conflito vai durar e que só vai dar uma trégua quando os comerciantes de armas e de funerárias, dos dois lados, se derem por satisfeitos. 

Que os jornais e as televisões exibam diariamente velhinhas e crianças em desespero; mulheres parindo nos braços de soldados; homens de todas as idades servindo de bucha-de-canhão; pequenos ladrões amarrados em postes e com batatas na boca; museus, mercados e cemitérios indo pelos ares; filas imensas e êxodos caóticos para outros países; magnatas fingindo discutir um 'cessar fogo'...  Tudo isso é teatro! Uma tendência à morbidez! No fundo, na essência, trata-se apenas de negócios. Tanto para os de um lado como para os do outro lado, a lógica é a mesma do então camarada Stálin: Uma morte é uma tragédia, mas milhares de mortes é apenas um dado estatístico.

As crianças, observem os olhinhos das crianças que, mesmo no meio daquela brisa siberiana e daquele frio, olham para os mísseis com um certo fascínio. E quando as sirenes apitam, não entendem muito bem o cagaço dos pais e nem as lágrimas das mães e das avós. E nas caravanas, sentem-se a passeio. Finalmente, se livraram da tirania das escolas. O trem, as estações, outros idiomas, o nomadismo, um iogurte polaco. A vida!  Os ciganos. Quinze dias sem tomar banho. Partiram sem rumo certo deixando o pai tirano, lá, numa fria absurda, para vigiar os destroços das casas e proteger um comediante das balas de outro comediante. Para morrer pela pátria! Ah, morrer pela pátria? Existirá algo mais patético do que isso? Uma guerra entre palhaços. O Estado espetáculo! Uffa! Ah mamãe! Vamos aproveitar para conhecer a Babilônia! Enfim, cidadãos do mundo! E que se fodam as pátrias!

Ah, Kiev! Ah, Mariupol! Segundo o Papa, a cidade de Maria. Ah, a Criméia! O  Rio Dnieper! Odesa! O Mar Negro!

Idiotices pátrias!

Ah, mas no outro lado da fronteira, logo ali, está a Romênia.  

- Seigneur s'il te plait... je viens de Roumanie...

Os ciganos com seus violinos e seus dentes de ouro. E as mulheres mais jovens estão loucas para ouvir um cigano tocando para elas: Dance me to the end of love.

 

E por aqui, nos botecos, gente de todos os perfis, ideologias e seitas, depois de meia garrafa, só falam no Putin e no Batalhão Azov. E o fazem de maneira tão ambígua que não dá para entender se são a favor ou contra. Neo-nazis! Neo nazis? Mas como? Se são soldados de um presidente judeu?

Porre! Síndrome de Korsakoff! Confusão de línguas.

Uma guerra é sempre, um samba do criolo doido!

O Mendigo K que já estava de malas prontas para dar um giro ao redor do planeta está desolado, pois o hotelzinho que costumava ficar em Atenas, por 11  euros/dia, já está cobrando 22. É a inflação! É a guerra! A Antiga Ordem Mundial! São os descendentes de Cain e de Judas que, depois dos negócios com a pandemia, agora, eufóricos, superfaturam e propagandeiam seus brinquedos explosivos. Que miséria! E que raça!


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