terça-feira, 14 de julho de 2020

O vírus, o alcoolismo... & a Sindrome de Korsakov...

Com esse confinamento fdp, com o fracasso vergonhoso da ciência em colocar um ponto final nessa idiotice viral, (o que esses merdas ficaram fazendo durante o século pós Gripe Espanhola?) e com esses vidrinhos de álcool no bolso e por todos os lados, aqueles que passaram a vida inteira driblando o alcoolismo ou aqueles que já haviam passado por uma das confrarias dos AA, com sucesso, certamente terão uma recaída e não passarão impunes. Quando o vírus for embora ou morrer à mingua, deixará como herança, além das pilhas de cadáveres e a tal Sociedade Para o Progresso da Ciência desmoralizada, uma legião de bêbados, de paus-d'água e de dependentes. Até aquelas senhoras beatas, que viviam reclamando que sentiam asco quando  seus maridos chegavam em casa fedendo a cerveja e a cachaça, e ainda, por cima, queriam "comê-las", já estão sentindo uma espécie de frenesi e de simpatia pelo etílico. Confessam que quando vão limpar as vidraças, as maçanetas das portas ou a tampa do vaso, sentem uma sensação estranha de prazer e de arrebatamento, como se jatos de serotonina estivessem saltando de uma de suas sinapses a outra... E já não se contentam com o de 40%, tem que ser o de 70%. As que, por algum motivo, não conseguem renovar o estoque a tempo, estão até abrindo as garrafas de Vodka e de Absinto que tinham em casa, como decoração ou como lembrança da última viagem à Vladivostok ... (Eu falei das belezas de Vladivostok e não da Síndrome de Korsakov). Enfim, os moralistas, os apóstolos e os padrecos dos AA que passaram seus dias falando idiotamente em prosperidade e que dedicam suas vidas tentando enganar os pinguços e convencê-los a trocar a cachaça por algum tipo de divindade, já estão preocupados...
Eu, entre as idas e vindas de uma janela a outra como um lobo de zoológico, volto a ler A AVE DO PARAÍSO, de R.D. Laing, e encontro lá, na página 58, esta simpática memória: "Nos últimos cinquenta anos, nós, seres humanos, liquidamos com nossas próprias mãos cerca de cem milhões dos de nossa especie. Aparentemente buscamos a morte e a destruição tal como a vida e a felicidade. Somos impelidos a matar e a ser aniquilados assim como a viver e deixar viver. Somente pela mais absurda violação de nós mesmos, alcançamos a capacidade de viver com relativa harmonia com uma civilização que parece impelida à sua própria destruição..."
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EM TEMPO: (maconheiros ansiosos por comer gafanhotos!)
Minha correspondente lá da fronteira com o Paraguay, me informou nesta tarde, que muita gente por lá está torcendo para que os gafanhotos, aqueles que passaram pelo Paraguai e pelo Uruguai devastando as plantações de maconha, finalmente cheguem ao Brasil. Segundo alguns especialistas, depois de  tudo o que banquetearam nas lavouras daqueles países, comer um deles será praticamente como queimar um baseado.

Um comentário:

  1. O vírus ir embora, meu querido...kkkk...espera só os que estão brotando das profundezas do subsolo da Amazônia, agora que ela está sendo desvairadamente desmatada...

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