Ontem à noite, enquanto os moradores apareciam bêbados e desvairados batendo panelas em suas varandas e janelas, uns gritando por Bolsonaro e outros por Lula (imaginem a que se reduziram nossas esperanças e o tal livre arbítrio), encontrei o mendigo K, numa parada de taxi desativada, bem em frente a uma igreja ortodoxa. Estava lá sentado, de mãos dadas com sua mulher, como dois expulsos do mundo, e ouviam quietos e emocionados, de um minúsculo aparelho, esta música que, soube depois, é de um músico inglês, chamado Chris Rea, e que tem como título: E você meu amor.
Em casa, depois de ouvir a tradução, considerei aquela cena, a mais transcendente dos últimos tempos. Ouçam:
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