sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

O Mendigo K, Henry Ford e seu antissemitismo...

 O Mendigo K reapareceu. Trazia em pauta o assunto da tal FORD que, cansada dos favores de velhos corifeus nativos e de mamar nas tetas estatais, resolveu cair fora. Com os subsídios que  foram destinados a ela,  - foi logo dizendo - se poderia ter cortado o país de ponta a ponta, com estradas de ferro. Vagões luxuosos com barris de vinho nos camarotes; ciganas clandestinas tocando violino na boleia noite a dentro; beirando montanhas, penhascos e por cima dos mares... e... além disso, claro, ter evitado e combatido a religião do automóvel aqui nos trópicos. Essa canalhice dos urdidores públicos... Esse fetiche pequeno burguês ao redor dessas carroças motorizadas que qualquer pé-de-chinelo sacrifica trinta anos de sua vida para ter uma...

Falava com entusiasmo e, num surto meio gramscista, bradou: que os operários se apropriem das fábricas. Não é possível que não saibam administrar sozinhos uma merda dessas, que precisem de um fuhrer para os comandar...

E por falar em Fuhrer, - passou a falar do antissemitismo de Henry Ford e foi dando uma aula -: Henry Ford, em 1929, publicou um livro nos EEUU que enfureceu os judeus: The international jew = O judeu Internacional. Livro onde acusava os judeus, entre outras coisas, de serem todos bolcheviques.., obra que, inclusive, pautou parte dos crimes terríveis dos nazis contra aquele povo. Como percebeu minha descrença, retirou da mochila o tal livro já em pedaços e o jogou sobre a mesa. Traduzido para o espanhol, com o titulo: El judio internacional. Autor: Henry Ford, Promolivros Editores, México em 1979.




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