sábado, 6 de junho de 2020

O racismo como síntoma...



[...Não basta conhecer uma paixão pela sua causa para suprimi-la, é preciso vivê-la, opor-lhe outras paixões, combate-la com tenacidade e enfim, trabalhar-se..."
J.P.Sartre

Entre todas as misérias da condição humana, o racismo é a mais explícita, cretina e abominável. A mais estúpida e a que mais depõe contra a existência de todos. Um sintoma da degradação. E, por ser quase uma doença congênita, é ingenuidade e infantilidade querer tratá-la, apenas como um problema social e seguir alimentando singelas esperanças.
Uma patologia que não se manifestou e que não se manifesta apenas contra os negros. Pense naquilo que aconteceu com os armênios, com os judeus, com os ciganos, com os albinos, com os curdos, com os nativos da América inteira e com os intouchables da Índia. O racismo contra os negros fica mais evidente porque envolve a cor. Não só da pele, mas do dinheiro.
Uma espécie multicor, desorientada, náufraga e perdida vem há séculos buscando um bode expiatório para justificar sua condição degradante, onde cada idiota, necessita exercer algum tipo de Poder, mesmo que seja de Micro-Poder sobre o outro para, de alguma forma, iludir-se de "poder respirar".  Como escrevia Sartre: Elegendo e tratando alguém como inferior, estou, histericamente, me iludindo de pertencer a uma casta, a uma elite, a um grupo superior.
Já está mais do que evidente que ouve um erro na matriz de nossa espécie.  Na construção da espécie. Um erro que nem os Criacionistas e nem os Darwinistas conseguem explicar. Se não fosse isso, a história não seria esse rosário de aberrações, de crimes e de assassinatos que conhecemos!  Aliás, a simples existência da polícia o prova.
A cor da pele, o formato dos olhos, a cor do cabelo, a conta bancária, o idioma, as crenças, as origens, são apenas pretextos, detalhes encobridores desse defeito e dessa ignomínia. 



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