"Todo homem independente, sincero e valoroso tem contra ele a liga dos servis, dos impostores e dos covardes, que são a maioria".
Vargas Vila
A terça-feira amanheceu radiante em Brasília. O sol, como em todas as manhãs de junho, começa manhoso e meio amarelado, mas depois, sutilmente, vai ficando incendiário como uma labareda.
O confinamento está beirando à loucura! Se o vírus prolongar suas incursões por aqui, não demorará muito para que cada casa ou apartamento se torne um pequeno hospício. E isso, sem falar dos noticiários. Há uma semana não se fala em outra coisa senão nos dados estatísticos da tal COVID 19, que o Ministério da Saúde divulga ou que não divulga. E cada dia aparecem mais e mais especialistas, estatísticos, virulogistas, pesquisadores catatônicos, demagogos, poliqueiros, canalhas, oportunistas, cabotinos e etc, tanto do país como do exterior, (mesmo daqueles países onde o vírus fez os maiores estragos) para cagar regras, dar opiniões e tentar demonstrar que uma série de logaritmos pode salvar o mundo. Inacreditável! Há uma semana não se fala em outra coisa. Os petimetres da TV falam do assunto como se estivessem tendo uma ereção. E entrevistam todo tipo de impostores! Sujeitos que passaram os últimos 30 anos hibernando... E que agora, próximos ao juízo final, querem cantar de galo. Ridículo! E não aparece um macho para colocar fim a essa merda! E a questão no ministério da saúde, que poderia ser resolvida em meia hora, por dois estagiários?! Estão fazendo o quê lá?
E a sociedade inteira, de quatro, queimando incenso a seus CINCO PODERES, não mede esforços e nem energias para tentar manter essa imobilidade intelectual e essa pasmaceira do jeito que está. Tem fascínio pela mesmice e pela paz dos pântanos... Pensar em mudar alguma coisa (mudar, não travestir), mesmo tendo consciência que nossa história vem sendo um fiasco, gera pânico nessa sociedade subalterna, carola, medíocre e vaselina, mesmo quando tudo o que se ouve e se vê diariamente ao nosso redor, nos sugere que é necessário demolir tudo, inclusive as ruínas...
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