E o arco-íris cobriu os
céus de Paris! Aprovaram lá também o casamento gay. Dizem que os muçulmanos e
os mórmons, cada um com sua penca de esposas, já estão na fila para obter dos
descendentes de Robespiere o aval e a legalização também para a poligamia...
Quando nos anos 60/70
começou a efervescência homossexual pelo mundo, muita gente achou que se
tratava de mais um movimento paralibertário e contracultura. Uma espécie de
estopim e de pretexto para se implodir e pisotear de vez a família tradicional e os pilares patológicos da TFP (Tradição, família, propriedade) que tanto a
psicologia como a psiquiatria acusavam de ser uma usina de neuroses e de
psicoses. Que engano!
“A única bomba que
nunca foi adequadamente colocada - dizia nessa época D. Cooper - se
encontra sob o mediador primário de violência contra o qual devemos exercer
nossa contra violência: a família propriedade e todas as falsas imagens
que seriam formas de adora-la”.
Por ironia, eis aí os
homossexuais se humilhando e rastejando aos pés da república para que ela lhes
autorize a casar-se nos moldes idênticos aos da vovozinha, com buquês de flores, alianças e até com a Ave Maria de Schubert..! Não é bizarro? E o pior, é que amanhã, com certeza, baterão
também às portas do Vaticano e das sacristias para obter dos padres a permissão
ao casamento religioso. Depois irão aos cartórios para obter licença para
adotarem crianças e mais tarde aos ginecologistas para implantar úteros ou
testículos e ao Ministério Público para garantir heranças, pensões e etc., para
assim recriar na íntegra o velho e patético casal do passado e a louca, reacionária e
falida família nuclear que sob o pretexto do amor, veio durante séculos gerando
infelicidades e colecionando misérias... Que fiasco! Que marasmo! Que
retrocesso! Que medo da liberdade é esse! Que dependência das algemas é
essa!
Não adianta! A espécie não
consegue sair do atoleiro em que se encontra. Dá voltas, dá cambalhotas, faz
escândalos, se desfigura, turva as aguas, faz uma fumaceira danada e acaba
sempre no mesmo lugar ou até mesmo num lugar pior. Que maldição e que
miséria!
Como perguntaria Leopardi:
[Che fai tu, luna, in ciel? dimmi, che fai, silenziosa luna?]
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