Se você cruzar por aí com um cara que diz chamar-se
R. G. C. G., e que por coincidência esteja transportando uma bolsinha com uns pedaços
de ayahuasca, fique de orelhas em pé. Pode ser o famoso e procurado líder de
uma seita chilena que recentemente jogou numa fogueira um bebê de três dias,
com a justificativa de que ele (o bebê) seria o tão temido anticristo que todo
charlatão clássico alardeia que virá... Ora, do anticristo é de se esperar
coisas bem mais inteligentes do que deixar-se jogar numa fogueira, não é
verdade!? Uma criança que já saia do útero com uma granada entre os dentes -
por exemplo - ou que já nasça adulta e com uma AR15 engatilhada, etc...
E como dizem que o malandro em questão, depois das chaleradas alucinógenas papava todas
as mulheres da seita, é quase certo que o bebê carbonizado era seu próprio
filho... Uma variante chilena de Saturno? Crimes hediondos! Não precisamos de mais provas para decretar que o
mundo é uma cloaca de loucos, de bandidos en(fé)zados... e que, por detrás de cada
uma dessas máscaras shamânicas, de honorabilidade e de civilidade, habita um
desertor sanguinário e um criminoso em potencial...
Só para ilustrar: nesta semana degolaram uma moça quase na esquina de
minha casa; ontem incendiaram uma dentista; antes de ontem jogaram uma criança
num esgoto; atiraram um velho por uma janela; estupraram não sei quem... As
páginas criminológicas estão cada dia mais densas e repletas... enquanto por
aí, nos gabinetes aromatizados, reina literalmente a mais triunfal das pazes cemiteriais... E o
papel da polícia e do judiciário? Continua praticamente inócuo e ridículo. Só
fazem caçar os ratos que aparecem no paiol, sem importar-se com as ninhadas que
nascem e crescem nos arredores e nas tocas desse imenso latifúndio...
Esperanças? Como diria Kafka: ah!, já não há mais nenhum relâmpago dessas
trovoadas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário