"E o proletariado, o que vai fazer ao Louvre?
Contemplar as tetas nuas das rainhas que os exploraram, e as coroas de ouro dos reis que os mandaram matar?"
Emmanuel Berl, p. 36.
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Neste domingo de chuviscos e de ventos que assoviavam nos ângulos de minhas janelas, reli com um gozo quase místico, o livro MUERTE DE LA MORAL BURGUESA, de Emmanuel Berl, publicado em Paris (Mort de la pensée bourgeoise, 1929) e depois em Buenos Aires, pela editora La Pléyade, lá por 1970...
A cada pagina, ficava me perguntando: o que os editores tupiniquins ficaram fazendo até hoje, que não o traduziram, publicaram, e que não o incluiram no curriculum de nossas escolas primárias? Pura ignorância e alienação, ou uma maneira sutil de censura?
Já é tempo de livrar nossas escolas dessa pedagogia e dessa literatura infantil idiotizante que domestica, intoxica e castra nossas crianças. Que seja substituída por Borges; Cioran; Levinas; Vargas Vila; Céline; Molière; Dostoievski e até mesmo por FrançoisVillon...
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