"O galo abana as asas, como se sacudisse um guarda-chuva molhado..."
(Ramón Gómes de la Serna)
Paradoxo: Mesmo os gays e os ferrenhos defensores das tais pautas identitárias/LGBTs, de uns tempos para cá passaram a usar (entre si e contra outros) a palavra Gay, veado e etc, como um adjetivo pejorativo e como uma agressão maligna. Mesmo profissionais da saúde, esquecendo o b-a-bá ético da clínica, frequentemente, ao querer interpretar as bravatas do Presidente, descambam para um psicologismo suburbano e entram fatalmente no desfiladeiro da sexualidade, do tal homossexualismo latente, reprimido, enrustido e etc, e sempre visto - senão como uma doença -, como um sintoma; como o indicativo de um transtorno sistêmico, manifesto no desejo e na sexualidade. Seriam todos fóbicos enrustidos? Fobia à vulva e ao phalo? Resquícios da Idade Média? Nesta semana foi o deputado Sergio Maia, ex Presidente da Câmara dos deputados que lançou sua interpretação profética-genital sobre a intimidade de alcova do Presidente da República: "Jair Bolsonaro é gay, não consegue assumir!". Ao saber da agressão Bolsonaro respondeu com o mesmo conteúdo: "Esse gordinho nunca me enganou!
Mas então, admitindo que eles estejam falando a verdade, estariamos sendo governados por uma legião de gente do Terceiro Sexo? O que pensaria disso o Presidente da Hungria? E a ferrovia tipo a Transsiberiana, que ninguém constrói? Seria também por um problema genital? Por puro boiolismo?
Um dia, mesmo que melancolicamente, haveremos de gargalhar de tudo isso!
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