A. Camus
Que as manifestações politicas em Cuba aconteçam logo em seguida ao assassinato do Presidente do Haiti, pode não ter nada a ver, mas o que é curioso é...
E é quase inacreditável que há mais de meio século, o mundo inteiro esteja passivo e em silêncio diante do bloqueio econômico, alimentar e sanitário dos EEUU a CUBA. Inclusive o Vaticano, que frequentemente costumava mandar seus papas a Havana, para fazer catequese & proselitismo e para ver se fisgava alguma alma...
Quê lógica e que alienação é essa?
Qual é o problema?
Querer que os 12 milhões de cubanos pensem e sintam como os norte-americanos ou como qualquer outro povo é uma idiotice nunca vista. Uma fantasia de tirania inacreditável... E que o resto dos países do mundo, sejam de esquerda, de direita, do centro ou sem identidade definida façam esse jogo do imperialismo gringo, é uma cretinice, uma estupidez e uma vergonha civilizatória. Ou, como explica Chomski:
"Desde que se tornou independente em 1959, Cuba tem sido submetida a violência e tortura implacáveis por parte dos Estados Unidos, atingindo níveis de verdadeiro sadismo, com quase nenhuma palavra de protesto de setores da elite. Felizmente, os Estados Unidos são um país excepcionalmente livre, por isso temos acesso a registros desclassificados que explicam a ferocidade dos esforços para punir os cubanos. O crime de Fidel Castro, explicou o Departamento de Estado nos primeiros anos, consiste em seu “desafio bem-sucedido” à política adotada pelos Estados Unidos desde a Doutrina Monroe de 1823, que estabeleceu o direito de Washington de controlar o hemisfério. Claramente, medidas severas são necessárias para reprimir esses esforços, como qualquer capo da Mafia compreenderia bem, e a analogia da ordem mundial com a Máfia é altamente merecida".
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