"L'ange de l'apocalypse ne dit pas: il n'y a plus de temps, mais: il n'y a plus de délai..." (O anjo do apocalipse não diz: "não há mais tempo", mas: "não há mais limite de tempo")
Cioran
Está na cara que os chefões anônimos estão usando a plebe e as crianças para aplacar a voracidade do vírus enquanto eles, refugiados nos confins de suas ilhas ou no alto de suas coberturas, assistem entediados aos funerais coletivos... Ou, neste festival de horrores, você já viu as exéquias de alguns deles?
Enquanto isso, as escolas (com seu staff amador, seus chicotes, seus muros, cercas, sirenes, porteiros e cadeados, inspetores, câmeras, crucifixos e bedéis), que na sua maioria já tinham um perfil e um aspecto de FEBENS e de penitenciárias, estão aproveitando, umas, para se acomodarem na condição de refugio de homeless e de ratos e outras, para ruírem de vez.
Em síntese: se tudo (antes da pandemia) já estava no limite da embromação e da mediocridade, imaginem como deverá ser a volta... Um dia, será necessário que alguém peça desculpas a essas crianças... Mas aí, já será tarde...
Mesmo passando o resto da vida nos desculpando com essas crianças nunca mereceremos tal perdão.
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