terça-feira, 15 de setembro de 2020

A babaquice e o suicidio de um mago...



 Paulo Coelho, nosso Lao Tsé brasileiro, um dos escritores de auto-ajuda mais vendidos no mundo, vivendo na Suíça há vários anos, faz um apelo internacional, via internet, a seus milhões de seguidores para, acreditem, que boicotem os produtos brasileiros

Inacreditável. 

Mesmo seus leitores estão se perguntando: de que natureza deve ser seu ressentimento?

Nem é necessário ser nacionalista, ufanista, patriota, regionalista ou chauvinista, para ficar indignado com uma aleivosia e uma idiotice destas, e para passar a suspeitar que nada é mais perigoso e abominável do que um "erudito" subdesenvolvido, vivendo de joelhos, fora de seu gueto... 

Me pergunto: Estaria, com este embuste, apenas tentando fazer teatro ideológico? literatura? Querendo fazer média com os banqueiros e com os analfabetos suíços imitando e travestindo-se de Dalai-Lama? Tomou o remédio errado? Tem ressentimentos com suas origens? Apesar de  seus livros serem vendidos em todo o mundo, de ter recebido prêmios de todas as grandezas e de ter acumulado muito dinheiro, estaria sendo tratado pelos suíços, como um clown e como um pária terceiro-mundista? Ou seria apenas mais um dos sintomas comuns na androginia? Não importa! É por isso que se diz que os velhos, mesmo os aparentemente mais equilibrados e ilustrados, necessitam permanentemente de um ombudsman que regule seus disparates e suas merdas...

Quando Paulo Coelho nasceu, Nelson Rodrigues (autor de A mulher sem pecado) já devia estar com uns 35 anos, e é provável que quando alcunhou comportamentos como este de complexo do vira-lata, nosso Lao-tsé carioca fosse ainda um adolescente analfabeto... (mas nem isto justifica!)

Enfim: Ontem à noite, num boteco ali da esquina, já havia três ou quatro sujeitos, com tipos de canibais, é verdade, em retaliação e em represália ao escritor, ensopando com conhaque o Diário de um mago; Veronika decide morrer, e outras bobagens escritas por ele e, depois, quase grunhindo, com aqueles isqueiros ainda movidos a querosene, tocando-lhes fogo...

Naturalmente, seus editores, livreiros e velhinhas esotéricas logo estarão registrando estas cenas para incluí-las no marketing de uma próxima edição. E a farsa não tem fim... 

Um chinezinho que costuma passar de mesa em mesa nesses botecos vendendo porcarias que recebe de uma tia que ainda vive em Shangai, e que diz já ter lido O alquimista (numa tradução sino-tibetana), ficou olhando para os livros que queimavam e murmurou: Levantar uma pedra para deixá-la cair sobre os próprios pés, é um ditado com o qual os chineses descrevemos o comportamento de certos idiotas...



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