"... Las constelaciones de Orión y del Cuervo cumplen funciones inversas aunque simétricas entre los indios de Brasil y los griegos..."
Octavio Paz
(IN: Claude Lévi-Strauss o el nuevo festín de Esopo, p. 42)
Quem conhece meus escritos sabe que não sou nada ortodoxo em questões gramaticais e de línguas, e que já cometi as mais inusitadas aberrações neles, tipo: traduzir uma coisa por outra; escrever coxas com ch; Gambito ao invés de Cambito; bestemia no lugar de blasfêmia; sózinho, no lugar de sozinho; abssinto, ao invés de absinto; salsixão ao invés de salsichão etc, etc. Mesmo assim, este agudo e este grave sobre o a, nesta manhã ensolarada de maio, me pareceram bizarros demais para estarem aqui numa das principais artérias da Republica.
O que teria acontecido?
Quem foi o sujeito ou os sujeitos que resolveram enfiar aquele traço sobre o a? Teriam bebido ou fumado demais? E se tivessem escolhido um circunflexo? Um trema? Um outro signo qualquer? Teria sido uma vingança contra o governador? Uma ironia para com os jornalistas, para com os maestros e para com aqueles personagens que chegam a gastar uma semana para escrever duas linhas? Acharam que a frase ficaria mais simpática e mais convincente? Ou foi simplesmente uma sacanagem para com os lusitanos? Ou estariam respaldados por uma nova regra, chegada de madrugada lá dos relicários de Camões? Tudo bem!, mas e onde estavam os tais revisores & ombudsmans que normalmente ficam zanzando e coçando o traseiro aí pelos fundos das garagens e dos palácios?
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