"Existem em todo homem, a todo momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus outra a Satanás. A invocação a Deus é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, é uma alegria de precipitar-se no abismo..."
C. Baudelaire
O Presidente da Funarte que, dias atrás, havia associado o rock à putaria, às drogas, a satã e ao aborto, o mesmo que já havia sido demitido, foi reconduzido ao cargo e demitido novamente.
Lembram dele?
Lembram dele?
Suas declarações foram rejeitadas com veemência, não só pelos roqueiros de plantão, mas também pelas hordas da esquerda e pelas da direita, deixando claro que a rigidez e a estupidez é ambidestra.
O que Satã teria a ver com isso?
Na realidade, nada.
Mas todos sabemos que a anedota de um pacto com o diabo sempre rondou e povoou o imaginário dos grandes guitarristas, principalmente os do Rock. E que muitas vezes, eles próprios, como marketing e como negócio, turbinavam essas balelas sobre os nervos das manadas mais excitadas e eufóricas. Lembram do Keith Richards, que chegou a ser considerado a própria reencarnação de Lucifer? E da banda inglesa Black Sabbath? E de Aleister Crowley? Pensem em Jimmi Hendrix, em Led Zeppelin e no grupo australiano, com suas 2 músicas de maior sucesso: O inferno não é um mau lugar para ficar e Autopista para o inferno. O diabo realmente parecia ser o cara. Uma espécie de Pop Star para essa gente. E, muitos, durante os shows, para criar um clima, até queimavam enxofre por debaixo da barulheira das baterias. Aliás, por falar em baterias, o mendigo K que tem um vizinho baterista, gosta de dizer-me: Bazzo, para sentir algum prazer no barulho desse instrumento, é necessário ter a metade dos neurônios queimada. - E continuava - Sem dúvidas, o mundo será bem melhor quando eliminarem radicalmente essa tal bateria, a maquita e a britadeira...
E é uma babaquice acreditar que os roqueiros são mais chegados às drogas, ao sexo e ao aborto, do que os aficcionados pela Ave Maria de Schubert ou pela Miserere de Vivaldi...
E é uma babaquice acreditar que os roqueiros são mais chegados às drogas, ao sexo e ao aborto, do que os aficcionados pela Ave Maria de Schubert ou pela Miserere de Vivaldi...
E foi justamente a bateria, e não a guitarra, como se pensa, que assassinou a música erudita ao agradar o gosto do populacho por meio da marcaçâo sonora da pulsaçâo da música.
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