quinta-feira, 5 de setembro de 2024

O Papa argentino nas Filipinas, os cães, a fornicação... e o ioiô...

 


Sempre que vejo o Papa argentino circulando pelo mundo em seu turismo religioso e vejo aquelas multidões se acotovelando nos aeroportos para recepcioná-lo, lembro do caso de Freud, quando o navio em que estava chegava ao porto em New York, onde ia divulgar sua psicanálise. Ao ver aquela multidão de ignorantes que o esperava, cochichou para um de seus lacaios: Eles não sabem que lhes estamos trazendo a peste.

As Filipinas, sabidamente, é um dos países asiáticos enfiados na pobreza até as orelhas. Dos mais de cem milhões de habitantes, uns 30 milhões vivem de sobras. Em Manila, a capital, cercada pelas águas do Pacífico por todos os lados, o populacho vive amontoado em tocas como ratos e jogando ioiô (a invenção desse "passa tempo" é deles)... Falam inglês e adoram hamburguers, (herança dos colonizadores norte-americanos) e são majoritariamente católicos (herança dos colonizadores espanhóis). A propósito, o nome Filipinas, foi uma homenagem ao rei Felipe II da Espanha... Sinal de que tudo ainda segue dominado.

O Papa adora esses países onde a 'perturbação da alma' parece ser maior e onde a miséria pode ser vista ainda das alturas, onde as massas se reproduzem como coelhos e onde o divórcio é proibido.

Ontem, o Papa, lá em Manila, em uma de suas singelas declarações portenhas, fez uma declaração que colocou em xeque tanto a santidade de São Francisco de Assis (sujeito celibatário, que não tinha filhos e que demonstrava uma certa paixão pelos animais) como a dedicação da beata dona de um PET aqui nas vizinhanças. Elogiando a alta e irresponsável taxa de natalidade entre os filipinos, o ilustre pontífice criticou aqueles casais que, segundo ele, preferem ter gatos e cachorros em casa ao invés de filhos.

Para as pessoas mais simplórias pode até parecer que o Papa está incentivando uma vida sexual mais.., digamos, turbinada & ativa, para aqueles casais que preferem ter cachorros no lugar de filhos. Mas não. Pois todos sabemos que a igreja veio tratando a questão da sexualidade (pelo menos da heterossexualidade), pelos séculos a fora segundo os doentios protocolos Adversus Jovinianum de São Jerônimo. 

Leio, o que segue, nesta manhã ensolarada e desértica de quinta-feira, com o país em chamas e com uma certa e legítima náusea:

"Já que os seres humanos, infelizmente, não se reproduzem como as abelhas e que para isso eles devem copular, e já que, dentre as armadilhas postas pelo demônio não há nenhuma pior do que o uso imoderado dos órgãos sexuais, a igreja admite o casamento como um mal menor. Ela o adota, o institui - e facilmente, uma vez que foi admitido, adotado e instituído por Jesus -  mas com a condição de que sirva para disciplinar a sexualidade, para lutar eficazmente contra a fornicação.

Para esse fim, a igreja propõe primeiro uma moral da boa vida conjugal. Seu projeto: tentar retirar da união matrimonial essas duas corrupções maiores, a mácula inerente ao prazer carnal, as demências da alma apaixonada, desse amor selvagem no estilo de Tristão que os penitentes procuram sufocar quando eles perseguem os filtros e outras beberagens sedutoras. Quando se unem, portanto, os cônjuges não devem ter outra idéia na cabeça além da procriação. Se eles se permitem sentir algum prazer na sua união, ficam logo 'maculados': "transgridem", diz Gregorio, o Grande, a 'lei do casamento'. E mesmo que permaneçam insensíveis, devem se purificar se quiserem, a seguir, aproximar-se dos sacramentos. Que eles se abstenham de todo contato carnal durante os períodos sagrados, se não Deus se vingará; Grégoire de Tours adverte ainda a seus ouvintes: os monstros, os estropiados, todas as crianças doentias, sabe-se muito bem, foram concebidas na noite de domingo..."

Que tal? E depois de toda essa baboseira infame, todo mundo segue fingindo que não sabe porque os hospícios e as penitenciárias estão cada dias mais cheios!!!










2 comentários:

  1. https://www.youtube.com/watch?v=CTnBaStTVZs

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  2. Bazzo, o problema é que nem os cachorros e nem os gatos pagam o dízimo!

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