quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Lula e outros trovadores no picadeiro da ONU... A arte de baixar sutil e discretamente as calças para o imperialismo...



"Patriotismo é o amor às coisas boas que comemos na infância!"

Lin Yutang






Todos os anos em que o Brasil abre a sessão da ONU, (e ninguém sabe exatamente o por quê), meu espírito de porco me obriga a voltar a ler o discurso que o Sarney fez por lá, em 1985. Discurso que, naquela época, foi considerado revolucionário e até bakuninista! Leiam abaixo, o que disse o Sarney daquele tempo, antes de ouvir o que disse o Lula de hoje: (Observem como, no fim das contas, o mundo continua sendo um grande orfanato, com uns órfãos fingindo apoiar a outros órfãos...)

1. "O mundo não pode ter paz enquanto existir uma boca faminta em qualquer lugar da terra, uma criança morrendo sem leite, um ser humano agonizando pela falta de pão. O século que virá será o século da socialização dos alimentos. A imagem da Mater Dolorosa dos desertos africanos nos humilha". (Sarney) "Nenhum individuo pode reconhecer sua própria humanidade nem, evidentemente, realizá-la, sem reconhecer nos demais a sua realização. (...) Nenhum homem pode emancipar-se a não ser com a emancipação de todos os que o cercam. Minha liberdade é a liberdade de todos, porque eu não sou realmente livre enquanto minha liberdade e meu direito não encontrarem sua aprovação e sua sanção na liberdade e no direito de todos meus semelhantes". (Bakunin)

2. "Mas há um problema maior, que permeia as relações internacionais e que insidiosamente ameaça a todos, pobres e ricos. Os pobres, pela desestabilização; os ricos pela insegurança e todos pelo desmoronamento, se nossa postura for de imobilidade"(Sarney). "Os que são ricos devem fazer-se também fortes, pois se carecem de poder, correm o risco de verem-se privados de suas riquezas. Os trabalhadores carecem sempre de poder, porque sempre foram pobres e sempre foram pobres porque pobres careceram sempre de poder" (Bakunin)

3. Guerra e democracia, guerra e liberdade são termos incompatíveis. Clausewitz assinalou que só existiria guerra quando existissem estados soberanos. Da mesma forma podemos afirmar que prevalecem as soluções pacíficas e consensuais quando existem nações livres e democraticamente desenvolvidas, instituições permanentes, poderes funcionando, povo decidindo..."(Sarney) "Devido ao atraso cultural dos povos, ocorre que longe de levantarem-se contra os estados soberanos, lhe professam um certo respeito e afeto e esperam deles justiça e vingança para seus males. Porém, quando observamos de perto as atitudes de qualquer um deles, inclusive do mais patriota, percebemos que o que realmente amam e reverenciam neles é somente sua concepção ideal e não sua manifestação real, porque essencialmente, o povo quer, ele próprio, ser o responsável pelos seus destinos..."(Bakunin).

4. "A paz de hoje ainda não é a paz, é a dissimulação da guerra..."(Sarney) "O Estado se apoia precisamente nessa indiscutível vantagem da força organizada sobre a força elementar do povo..."(Bakunin)

5. "Depois da prosperidade, quando veio a recessão, passou a reinar mais a selva predatória de Hobbes do que a fecunda anarquia de Adam Smith..."(Sarney) "O que o anarquismo defende é a crença de que o homem natural é essencial e historicamente anterior ao homem político, que representa, no fundo, o oposto da doutrina de Hobbes da guerra de todos contra todos..."(Bakunin).

6. A ciência e a técnica estão aí, através da engenharia genética, anunciando uma nova era de abundância. A humanidade foi capaz de romper as barreiras da terra e partir para as estrelas longínquas, não pode ser incapaz de extirpar a fome..."(Sarney). "A ciência é como uma luz que guia o progresso humano, mas pode ser uma luz fria se não se move em uníssono com a vida e sua verdade se converte em algo impotente e estéril quando não se apóia na verdade vital. Sempre que entram em contradição com a vida a ciência e o pensamento degeneram em sofismas e se colocam a serviço da mentira..."(Bakunin).

7. "A equatização de oportunidades é o alimento da liberdade social, para que o mercado sirva aos homens em vez dos homens serem servos do mercado. Sem diversidade de valores e múltiplas formas de vida, não viceja a liberdade, que se estiola no priviléio e se afoga na opressão..."(Sarney). "Mergulhado na pobreza, ferido e oprimido, o trabalhador se converte por instinto no representante de todos os indigentes, de todos os feridos, de todos os escravos... e o que é o problema social senão o problema da emancipação total e definitiva do povo oprimido?..."(Bakunin).

8. "Essa visão estreita esquece estarmos tratando de populações que têm direito a um padrão sério de sobrevivência, e de países com legítimas aspirações nacionais... (Sarney). "A riqueza sempre foi e segue sendo, a condição necessária para a realização de tudo o que é humano: a autoridade, o poder, a inteligência, o conhecimento e a liberdade..."(Bakunin).

9. "Não seremos prisioneiros de grandes potências nem escravos de pequenos conflitos.."(Sarney). "Todo ser vivente luta pela prosperidade e pela liberdade, e nem é necessário ser um homem, os próprios animais odeiam seus opressores... "(Bakunin).

10. "Mais do que as hecatombes dos conflitos mundiais, mais do que o confronto estéril da guerra fria, a descolonização ficará como a grande contribuição do século XX à história da humanidade..."(Sarney). "Descolonização é a capacidade que o homem tem de emancipar-se gradualmente da opressão do mundo físico exterior, com ajuda do conhecimento e do trabalho racional. Significa o direito do homem de dispor de si mesmo e de atuar de acordo com suas próprias opiniões e convicções, direito que se opõe às exigências autoritárias de qualquer outro homem, grupo, classe ou sociedade global..."(Bakunin).

11. "Tenhamos a coragem de proclamar: Liberdade e paz são o fim da miséria e da fome!"(Sarney). "Deste modo, também a liberdade de todos é indispensável para minha própria liberdade..." (Bakunin).












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