quinta-feira, 28 de março de 2024

Papo cabeça! Pepe Escobar...de Moscou...




















Da embaixada e do michê...



 A diplomacia? A estrada de ferro das mentiras...





 Aqui entre nós:

O teatro e a baboseira que se está fazendo ao redor da pousada do Bolsonaro na Embaixada da Hungria, é típico de uma cultura tupiniquim e de dar pena...

Da única pessoa que poderia estar preocupada, não se ouviu um pio até agora.

E se esteve lá apenas para reler as poesias de Sándor Petófi? Ou para reencontrar uma amante húngara?

Sim, porque o milenar proxenetismo diplomático não é novidade para ninguém... Além do que, por aqui, todo mundo sabe que as noites, ali na beira do lago e no meio daqueles jardins exuberantes são mais do que românticas..E é bom lembrar que ele vivia cacarejando que era imbrochável...

Esconder-se? Pedir asilo (asilo ou exilio)? E daí? Quem é que, por mais devoto e escravo da pátria que seja, não tem pavor de imaginar-se enfiado numa de nossas penitenciárias? E quem é que não desejaria imensamente exilar-se, pelo menos em Pasárgada? Ou mesmo que fosse lá num dos círculos descritos por Dante?

Enfim, se o motivo daquelas duas noites não foi a poesia parnasiana de Sándor Pétofi e nem o colo de uma amante e ele realmente queria fugir, qual é o problema? Que fuja! Ao invés de confiscar-lhe o passaporte, que se lhe conceda um especial de Cidadão do Mundo, + um abraço... e, que como diria Descartes Larvatus Prodeo

Ora! finalmente, um preso a menos para o sistema penitenciário ter que bancar... e um risco a menos de que ele volte a fazer merda na República... E por falar em merda, que tal começar a preocupar-se com o esgotos a céu aberto, país a fora?

Essa mentalidade persecutória, babaca, suburbana, tacanha, moralista e caipira à qual o país está submetido é abominável! Sim, a herdamos de um povo ainda idiotizado pela Idade Média, sedentário, cheio de crenças tribais, de virtudes imaginárias e com um inconsciente povoado de culpas, perigos e de desgraças... De um povo subalterno e tímido que nasceu e morreu iludido, na mesma cama e no mesmo casebre... Sim, mas é necessário curar-se e colocar-se em pé.

E, que o hóspede em questão, durma onde quiser! Sem ter que prestar contas (como um colegial) ao bando de alcaguetes de plantão. E que ele próprio, pelas estradas do mundo, vá conquistando a consciência de que a morte é a noite mais longa de todas e, curiosamente, uma das únicas que não é povoada de pesadelos...





terça-feira, 26 de março de 2024

Tango negro... (Uma Ode à fantasia...)















Terça-feira, 26 de março de 2024... No ar, ameaça de dilúvio...


Bastaria um grãozinho de areia no ureter do Netanyahu..."

(anônimo)




Nesta terça-feira, que amanheceu ameaçando um diluvio, com as confrarias judiciárias queimando incenso umas para as outras (com relação à prisão dos matadores da Marielle), de saco cheio com toda essa dialética mambembe, abri ao acaso o volume que minha empregada deixou cair junto a um balde de trapos recém lavados. De quem era? Daquele portuguesinho melancólico e esquisito, beirando ao ridículo, que ficava mais esquisito ainda sob aquele chapéu, atrás daquele nariz, daquele bigodinho de púbis invertido, daquelas sobrancelhas e daqueles óculos). Na página que me foi ofertada pelo acaso havia isto, que li:

[ Eu, que sou mais irmão de uma árvore que de um operário,

Eu, que sinto mais a dor suposta do mar ao bater na praia

Que a dor real das crianças em que batem...

Eu, o fumador de cigarros por profissão adequada,

O individuo que fuma ópio, que toma absinto, mas que, enfim,

Prefere pensar em fumar ópio a fumá-lo

E acha mais seu olhar para  o absinto a beber que a bebê-lo

Eu, este degenerado superior sem arquivos na alma,

Sem personalidade com valor declarado,

Eu, o investigador solene das coisas fúteis

Que era capaz de ir viver na Sibéria só por embirrar com isso,

E que acho que não faz mal não ligar importância à pátria

Porque não tenho raiz, como uma árvore, e portanto não tenho raiz...]





segunda-feira, 25 de março de 2024

O missil potente e implacável da Al Jazeera...



A mediocridade, a miséria e a submissão do cotidiano está tão vergonhosa, que "se uma lei obrigasse os cidadãos a se apresentarem todas as manhãs na polícia, para receberem um pontapé no traseiro, nenhum faltaria; e os retardatários tomariam um taxi"

Anônimo 





Meu correspondente de Barcelona, (que não tem nada de antisemita, pelo contrário, fez até uma tese sobre Hanna Arendt), mandou-me noticias, dizendo, entre outras coisas, que ficou embasbacado com o documentário produzido pela Al Jazeera, sobre o ataque do Hamas a Israel, no dia 07 de outubro e sobre as mentiras que Israel havia produzido e disseminado pelo mundo a fora. Documentário que é um míssil potente e implacável! Dizia.

Aqui em Barcelona o escândalo é geral e todo mundo, inclusive eu, - dizia -, começamos a entender porque as confrarias judaicas, compliciadas com a justiça e com a polícia, passaram os últimos cinquenta anos tentando proibir obras literárias como Minha Luta (de Hitler); O judeu internacional (de Henry Ford); O mercador de Veneza (de Shakespeare); os livros de Céline, etc, etc, e até mesmo os músicos, de tocarem e de ouvir Wagner... Que miséria! Sem falar da paranóia relacionada à suástica, (símbolo místico/milenar de inúmeras seitas) que foi usado pelo despirocado alemão, para representar seu nazismo... 

E agora, (de maneira inacreditável!) eles próprios estão fazendo esse papelão ali na Palestina!!! Que tal? Não é uma loucura tudo isso? Quantos séculos ainda precisarão para se limparem diante do mundo? (de um mundo, convenhamos, imoral e corrompido das folhas até às raizes...)

sábado, 23 de março de 2024

Petrópolis e a Faixa de Gaza... Quando a cordialidade de um povo passa a ser reacionária e quando, como dizia Bakunin, cada dia mais se percebe que o povo mostra-se incapaz de sua própria salvação...



Mesmo que você não seja um porco chauvinista clássico, e que ainda não tenha se atrevido a expressar vergonha e horror diante do cinismo e da cafajestice que está acontecendo lá na Faixa de Gaza, duvido que consiga ficar indiferente diante do cinismo e da cafajestada anual e repetitiva ali em Petrópolis... Sim, que o Rio de Janeiro é uma cloaca política/policial e social, a prisão dos matadores da Marielle, deixou mais do que evidente...






sexta-feira, 22 de março de 2024

A pepeka (?), a repressão sexual... e o horror neurótico dos beócios, diante da obscenidade...

(Correio Braziliense de hoje)


Se 'vagina', já é uma palavra episcopal, escatológica e anti-sexual, agora, chamá-la de pepeka de ouro,!? Duvido que mesmo os mais loucos e os mais tarados sintam algum tipo de entusiasmo e de  desejo diante desse vocábulo cretino. Xota! Pronunciem Xota, e percebam como o efeito é instantâneo e de outra natureza... Proibir e demonizar os palavrões foi a estratégia das confrarias anti-sexuais que vieram pelos séculos a fora, envenenando o tesão do mundo. Sim, todo mundo sabe que (como diria Freud), o homem se sente envergonhado com tudo o que possa lembrar-lhe muito claramente sua índole animal. Mas é importante, pelo menos esforçar-se para crescer, para tornar-se adulto. Para entender que pepeka é uma linguagem de menininhas de seis anos ou de uma velharia idiotizada. (Que as freirinhas e os ex-coroinhas da mídia deem continuidade a essa espécie de retardo, é lamentável...)

E para quem não tem lá muita intimidade com a linguística e nem com a psicanálise, vale a pena debruçar-se sobre o fantástico livro do psicanalista argentino, Ariel Arango: Las malas palavras, traduzido no Brasil por: Os palavrões (virtudes terapêuticas da obscenidade).






quinta-feira, 21 de março de 2024

A mídia, o estupro e a civilização... Que a espécie deu errado, ninguém mais duvida...


"A dama zela a capa de peles que usa, como se o animal silvestre, que a trazia na floresta, nunca apanhasse chuvas torrenciais..."

Ramón Gómes de la Serna



Quem assistiu aos jornais televisivos de ontem à noite ficou impressionado com o tempo dedicado às notícias e aos casos de estupro: primeiro o de um tal Robinho, que teria, com mais meia dúzia de amigos, abusado sexualmente de uma albanesa lá numa luxuosa boate de Milão; depois o de um tal de Daniel Alves, este, acusado e condenado por ter abusado de uma moça numa luxuosa boate de Barcelona; depois o caso de um suposto indígena, ex funcionário de uma empresa estatal, que teria feito sexo abusivo com várias mulheres, lá pelos lados de Belém do Pará. Depois o caso de uma família em Curitiba, que assassinou um sujeito, com a justificativa de que ele teria tentado abusar de sua filha, etc, etc, etc. Curiosamente, três dos mencionados aqui, (menos o ex indígena) são jogadores de futebol e, mais curioso ainda, a fiança milionária que um deles terá que pagar à policia espanhola (para continuar solto), será bancada por outro jogador de futebol que, por várias vezes, também já foi acusado de praticar o mesmo delito. Afinal, sexo e estupro teriam alguma coisa a ver com esse entretenimento de babacas? 

E o que estaria acontecendo com a sexualidade dessa espécie? Ou sempre foi assim? Ou desde sempre, a sexualidade esteve configurada no formato estupro? E que no imaginário masculino só se legitima pela via da força? Será? E se for assim, então todos descendemos e somos o resultado desse designium?

Como resmungaria Deleuze: estamos doentes de eros, e isto, porque Eros está, objetivamente doente. O que se tornou o amor para que um homem e uma mulher saiam dele tão desmunidos, lamentáveis e enfermos, e ajam e reajam tão mal, tanto no começo quanto no fim numa sociedade corrompida?   

Sair da selva até que foi fácil. Difícil está sendo lidar com o canibal predador que preservamos... (até, convenhamos, com uma certa paixão). Será que o chamado processo civilizatório não seria outra coisa além da tentativa de higienizar e adestrar os instintos, os desejos e as taras da espécie? Será que sexo e Iluminismo não combinam? Independente disso, vale lembrar, que o velho Platão, lá em sua República, já insinuava que: o homem comum apenas sonha o que o criminoso executa.

"É naquilo que tua natureza tem de selvagem que restabeleces o melhor de tua perversidade, quero dizer de tua espiritualidade"(Nietzsche) 

E então, a luta feminina de emancipação, teria como objetivo principal livrar-se dessa violência e dessa aberração milenar? Apagar do livro das preces matinais dos judeus, a frase: "Oh, Senhor, muito obrigado por não ter nascido gentio, escravo e nem mulher..."?

Evidentemente, não serão os juízes, a policia, os padres, as freiras, as donas de casa, e nem os carcereiros a responder estas questões. Enquanto isso, o rebanho 'despirocado', perdido no meio dos escombros da história e sem 'razão', vai se escondendo aqui e ali e, como pode, praticando na clandestinidade, suas misérias... (e lotando as cadeias).

Tudo bem... tudo bem... mas e o desejo? E a sexualidade? E o gozo? E aqueles passeios românticos, com uma garrafa de vinho na bolsa, pelo zigzag das montanhas? E a cumplicidade entre os amantes?

Que furada e que miséria!

Que a espécie deu errado, (e não apenas na particularidade erótica), ninguém mais têm dúvidas.


 





 

terça-feira, 19 de março de 2024

E o PIB (!?) E o lero-lero? E os farsantes de turno?




 [Entre tanta mentira e tanta fraude é reconfortante contemplar os mendigos. Eles, pelo menos, não mentem e nem se enganam. Sua doutrina, se é que têm alguma, a encarnam eles mesmos. Não gostam de trabalhar e o demonstram na prática. Como não desejam possuir nada, cultivam seu desprendimento, condição de sua liberdade. A preguiça faz deles autênticos liberados, perdidos em um mundo de palhaços e de otários. Sobre a renúncia, sabem muito mais que muitos de nossos padres, pastores, e mestres, sem contudo, terem lido nenhuma obra esotérica...]

Emil Michel Cioran



































quinta-feira, 14 de março de 2024

A CONFUSÃO DE LÍNGUAS E O SEGUNDO PECADO...


"Se vós não fôsseis oprimidos, 
serieis opressores..."
(Bini)



Nesta manhã chuvosa de quinta-feira, apareceu entre a mendigada, um sujeito com um paletó azul e um livro negro em baixo do braço.  Apesar de toda a turma já ter comprado crack e pó por seu intermédio, se dizia pastor. E, de quinze em quinze minutos, fazia um pequeno sermão àqueles filhos de Cain esqueléticos e maltrapilhos.

O Primeiro pecado - dizia - todos vocês, e até nossos cachorros já sabem qual foi: a pretensão de Adão e Eva de comerem da 'fruta do conhecimento'. Foram interrompidos no meio da trepação e da sacanagem, expulsos daquele asilo e amaldiçoados para sempre. Lembram?

Mas teve também um SEGUNDO PECADO: o atrevimento daquelas tribos de beócios, de construírem uma torre para, através dela, invadirem o território divino. Que tal?

A maldição de um deus, latifundiário, tímido e inseguro, foi imediata: a partir de agora, - disse o demiurgo - , cada um de vocês, bando de facínoras filhos da puta e miseráveis, falará um idioma diferente e ninguém mais se entenderá nesse mundo de merda!  [Voilà porquoi le langage de l'aliené et de l'álieniste sons tous deux des langues mortes. Chacun s'efforce de  nier son propõe mensonge: le fou parle le langage faussé du 'symptôpme', le thérapeute utilize la terminologia truquée du 'diagnostic' et de ses traitements...] Thomas S. Szasz

Um dirá A e o outro entenderá B. E se matarão nos fundos dos botecos e dos quintais.., como lá na Palestina.., lá no Haiti e ali na Baixada Santista...

Enfim, deu nessa porra-louquice e nesse desvario que todos estamos vendo e vivendo...


segunda-feira, 11 de março de 2024

LOUCURA. A Nigéria e os ladrões de pênis...




"A rã atira-se à água, como se quisesse suicidar-se..."

Ramón Gómes de la Serna


Meu correspondente de Lagos (na Nigéria), acaba de enviar-me notícias variadas e surrealistas daquela cidade, entre elas a das histórias de feitiçaria (koro, ode ora) relacionadas a roubos mágicos de pênis (esquisitice que os freudianos e os psiquiatras de lá logo se apressaram em rotular de síndrome de retração genital). Quase uma epidemia naquele país entre os anos de 1975 e 1977. De um momento para outro, um sujeito, num ônibus, num mercado ou em qualquer lugar, depois de fazer contato com algum estranho, tinha a sensação de que seus genitais estavam desaparecendo. Apalpava as virilhas e não encontrava nada. Quando "identificava" o responsável e começava a gritar: me roubou o pênis! Me roubou o pênis!, a turma da rua que corria em seu socorro, quase sempre assassinava o culpado... Muitos eram até queimados vivos. Depois, na maca de um ambulatório, a vítima do feitiço, recebia o diagnóstico de que estava tudo bem e normal com suas ferramentas. (!)

O texto entrava em detalhes tão loucos, tão ameaçadores e de um surrealismo nunca imaginado a ponto de, conforme ia lendo, eu mesmo apalpar-me para ver se tudo estava bem.

Concluía seu relato sugerindo-me que lesse o livro de Frank Bures:  Geografía de la locura (en busca del pene perdido y otros delírios colectivos), que acabara de enviar-me, sobre assunto tão fascinante, como ameaçador.




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EM TEMPO - Como a relação LOUCURA/GEOGRAFIA E CULTURA, para mim, sempre esteve em pauta. Embrenhei-me na leitura.
"Além do koro, essa síndrome da retração dos genitais lá da Nigéria, - diz o autor - existia um monte de outras pelo mundo, tão bizarras quanto aquela. Na Malásia, - por exemplo - havia o amok, onde a pessoa afetada passava um tempo amargurada, depois entrava em uma fase homicida aleatória e depois não lembrava de nada. Também na Malásia algumas pessoas padeciam de latah, um estado hipnótico provocado por um susto repentino, cujas vítimas passavam a imitar as palavras e os gestos das pessoas ao seu redor. No Japão, algumas pessoas desenvolviam o taijin kyofusho, um pânico aterrador à vergonha alheia e com vários subtipos: sekimen-kyofu (fobia a enrubescer), subo-kyofu (fobia a um corpo disforme), djikoshisen-kyofu (fobia ao contacto visual direto), e jikoshu -kyofu (fobia ao próprio cheiro corporal). Também se diagnosticou entre os jovens japoneses uma espécie de pandemia silenciosa, o hikikomuri, um retiro social extremo. No Camboja, as pessoas sofriam de khydl cap (ataques de vento), uma substância parecida com vento que circulava pelo sangue. Na Índia, os homens temiam ser afetados pela síndrome conhecida por dhat, depois da perda de uma grande quantidade de sêmen, e na região do Rajastão o problema era a síndrome de gilhari cujos pacientes chegavam aos hospitais com a queixa de estarem com a nuca inchada causada por um tipo de lagarto que se movia por sob sua pele..."etc, etc, etc, etc... (páginas 58 e 59)
Diante de uma espécie tão louca e tão à flor-da-pele, é bom lembrar o conselho daquele médico e feiticeiro suíço conhecido por Paracelso: O médico deve ser um viageiro inveterado, pois deve inquirir permanentemente as loucuras mundo...









domingo, 10 de março de 2024

sábado, 9 de março de 2024

Do aborto tradicional e de outros abortos...






O que é a morfina? "Uma coisa que os médicos dão ao doente, 
para eles - os médicos - poderem dormir sossegados"
(Sacha Guitry)







Finalmente, como se vê na noticia acima, a SUPREMA CORTE começa a admitir a ideia de retirar o aborto da lista de infâmias e de crimes... Todos, evidentemente, estamos de acordo. E não necessariamente pensando só na mulher, nos horrores dos nove meses da gravidez e do parto, bem como de sua escravidão eterna ao filho e ao 'lar'. Mas também no filhotinho que não pediu para nascer e que será lançado num mundo patético, desvairado e sem porvir. E também, evidentemente, no bobalhão que a engravidou, pois, na maioria das vezes, sem dinheiro nem mesmo para a renovação anual das cuecas, com o nascimento do bebê, terá que trabalhar nos três turnos apenas para comprar-lhe um picolé de 19,90 se não quiser ir para a cadeia por assédio, irresponsabilidade e por abandono de incapaz.

Muito bem, Excelentíssimo ministro!

Só faltou especular um pouco mais sobre o assunto. Por exemplo: lembrar que os métodos mais eficazes para evitar o aborto, (usados tanto lá na Grécia de Sócrates como ali entre nossos Tupinambás) são os que na pos-modernidade, estão vigentes: o celibatarismo e o homossexualismo. Vejam como os celibatários, as lésbicas e os gays andam por aí felizes, (cada dia mais gays), sem essa preocupação cabotina. Eles, apenas com uma bisnaga de xilocaína no bolso e Elas, quando não se contentam com o indicador e o médio (juntos), enfiam um óculos escuro na cara e entram ali no sex shop da esquina onde há de tudo. Claro, como diria Sartre, também ali, estão condenadas a fazer escolhas. 5, 12, 22 centímetros? De silicone ou de borracha? Made in China ou made in Amsterdam? Mas isso não tem muita importância. O que é verdadeiramente transcendente, é que com cem ou duzentos reais, em menos de cinco minutos, tornam-se livres para sempre, não apenas do risco de engravidar, mas também de ter que conviver, coabitar e transar com um macho barrigudo, peludo e cheio de manias... Eu sei, eu sei, Ilmo Ministro, isto é um horror escatológico. Mas é o que temos para estes dias estupendos de primavera.. (Primavera? Ou já estamos no verão?) Eu sei, eu sei, excelência, que não é possível pensar impunemente mas, se eu não o digo, quem o fará?