segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

O TEATRO DA FÉ... Essa gente, verdadeiramente, não é deste mundo... Que jurem acreditar em Deus, tudo bem. Mas eu duvido que deus acredite neles...



"... A moral do lobo é devorar a ovelha, 

como a moral da ovelha é comer as ervas..." (France)


 


Sim, a segunda-feira amanheceu radiante, e com o maracujá em flor...

Mas como conseguir escrever alguma coisa depois de ontem? Depois daquele horror medieval e depois de assistir a aqueles 700 mil (?) na Avenida Paulista clamando por um Deus imaginário e por Israel, enquanto o primeiro não dava sinais de sair de seu mutismo de milênios, e o segundo, seguia atirando bombas e mutilando crianças na Palestina?

Inacreditável! Surrealista! Inquisitorial! Delirante! Colegial! Fora da realidade!

O reino dessa gente realmente não é, e não pode ser deste mundo! E mais: falando do rio Jordão ali às margens do rio Tietê coagulado de espumas, de merda, de colchões e das ossadas de mendigos, há décadas... Teriam enlouquecido?

Aquela coreografia e aqueles discursos superficiais, baseados em fábulas e sem nenhuma subjetividade, eram mais do que um horror! E, pior: supostamente, dirigidos contra inimigos de uma tal esquerda, também imaginária, que, aliás, quando esteve no poder e mesmo depois de perdê-lo, sempre foi tão supersticiosa, mística, delirante e de outro mundo, como eles. 

Repito: um horror! 

E o teatro da fé e dos vícios seguia, com aqueles homens e com aquelas mulheres histriônicas de braços levantados para as nuvens, onde, na mitologia infanto-juvenil, estaria o shangri-lá, os céus e os deuses.., e orando, sem terem consciência de que "a oração é como se fosse um beijo nas correntes..." Ah, e com aquela pantomima teatral do púlpito, que quando é atuada no palco, fica ainda mais ignóbil... 

E o horror das palavras! 

Imaginem como devem ter sido os dias da inquisição e do Santo Oficio!!! (a propósito da inquisição, havia até um jornalista vindo de Portugal, para registrar o espetáculo! Seria de Évora?)

Os malditos microfones!

Quando é que se consegurá recuperar a sanidade mental?

E aquela multidão de donas de casa alienadas e de machos domésticos embrutecidos se acotovelando lá na avenida, sem entender absolutamente nada. A mão direita sobre a teta esquerda, ou sobre as banhas do abdômen, os olhos semi-abertos, e o nome de Deus sendo cacarejado em vão. E Deus? Ora!, Deus? Desde seu anonimato e indiferença, bocejando e decepcionado não teve sequer a paciência de enviar meia dúzia de raios sobre aquela avenida e sobre aquela pobre gente! Ou, pelo menos, sobre os da outra trupe, da outra seita, do outro credo e da outra fé que espiavam atônitos por detrás das persianas do Íbis, do MASP, e de outros esconderijos, com medo de perderem as próximas eleições e de serem destronados... Se você, mon semblable, mon frère, hypocrite lecteur, não assistiu, acredite: foi um show de horrores, de feitiçarias, de melancolia e de solidão...












2 comentários:

  1. Estás com a corda toda, camarada Bazzo! Aquilo foi o que restou do carnaval kkkkkk

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  2. Loucos!!! E o melhor Ezio seria deixar a ironia de lado e afirmar de uma vez por todas que esse suposto deus nunca existiu!! Esses imbecis são de tamanho grau que não entendem uma ironia...

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