Gerontofobia... Mas, afinal: oliveira dá oliva ou uva?
Os bolsonaristas e os sionistas estão eufóricos e não param de fazer bullying e de ironizar a gafe do Lula que, na semana passada, ao plantar uma muda de oliveira aqui na embaixada da Palestina, no final da demagogia, perguntou ao embaixador: em quanto tempo se poderá colher uva?
O diplomata, se além de ser adestrado em boas maneiras, na arte de nunca dizer 'não' e de jamais afirmar alguma coisa, fosse iniciado também em Freud, teria ficado desconfiado e preocupado, mas como não é, ficou tudo por isso mesmo e por conta da senectude... Para o mendigo K, (para quem não existe o acaso e nenhum lapso é apenas um lapso) o que aconteceu foi mais ou menos como plantar inhame e perguntar quando é que se poderá colher pepinos ou abacaxi. Para nós, que muitas vezes já erramos até o endereço de nossa casa, que esquecemos o nosso próprio nome, que confundimos nossa mulher com um chapéu, que entramos num terreiro de umbanda acreditando que estávamos entrando na Catedral, tudo isso é apenas um detalhe da grande e imensa asneira que é o cotidiano e o mundo!!!
É normal?
Não! Mas é comum.
Quem é que não viu, também na semana passada, o Biden confundindo o México com a Afganistão e políticos contemporâneos com políticos já defuntos? E é o Biden... O cara que quando caminha, parece estar sempre cheio de tragos e que de um momento para outro, pode mandar lançar um míssil sobre nossas casas, nossas creches e nossos lupanares.... Ou, até mesmo, como seu antípoda, lá das estepes, mandar envenenar os pêssegos que comemos...
Em síntese: é importante sim, nestes dias de zona total, ser um pouco gerontofóbico. Porque (mesmo sem saber) os velhos realmente representam um perigo para o status quo e para essa pasmaceira ordinária em que vivemos. Não pensem que foi por acaso a invenção dos asilos, dos tais asilos, que são cadeias disfarçadas... Mesmo não sendo leitores de Cioran, os velhos parecem estar sempre resmungando:
Ah! Um único pensamento, mas que fosse capaz de implodir o universo!
Isto, porque o velho, como dizia Balzac, é um homem que comeu e que assiste ao jantar dos outros. E, pior, como lembrava Goethe, um velho é sempre um rei Lear... (Pensem no Senado, na origem e no papel do senado).
Preste atenção: são eles que definem o que é certo e o que não é! Esses gerontocratas que inventam guerras e que mandam a juventude matar-se na frente de batalhas. Ora! Isso é uma idiotice senil! Porque não vão eles, que já têm muito mais experiência, a testosterona no mínimo e uma ficha corrida cheia de trapaças, traições, covardias e de crimes? Mas é comprensivel, não sejamos injustos. Imagine: Passar 70 ou 80 anos lutando contra um corpo que, misteriosamente, tende a ir para a inércia e assistindo o mesmo blá blá blá, a mesma mentirada, o mesmo chororô, as mesmas canalhices, o mesmo circo mambembe e, pior: vendo tudo voltar a se repetir nas novas gerações... qualquer um, nessa furada, e nem precisa ser tão velho, começa a fingir demência ou a ter fantasias de subversão... Não é verdade?
E verdade, Bazzo! Sua crônica é muito show!!
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