sábado, 9 de julho de 2022

A morte do premier japonês e Mishima...

"Em 1778, o capitão James Cook entrou no porto de Waimea (Havai) e iniciou a venda de armas de fogo aos chefes havaianos. O Sr. Ali'i nui Kamehameha obteve o monopólio da compra dessas novas armas e as utilizou de imediato contra seus rivais que brandiam lanças. Depois de derrotar a todos os adversários, em 1810, se declarou primeiro rei em todo o arquipélago havaiano..."
 Marvin Harris 
(IN: Jefes, cabecilhas, abusões)
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POR PURA COINCIDÊNCIA, nesta semana, quando apareceu a noticia do assassinato do ex premier japonês, lá no Japão, eu revisava algumas anotações nos livros de Yukio Mishima, principalmente no Confissões de uma máscara. Todo mundo deve conhecer, mais ou menos, a história desse autor japonês, seus conflitos com sua identidade sexual e por fim seu haraquiri. Na página 158 desse livro, ele faz a citação de um autor francês (que não diz o nome) e que é a seguinte: a medida do poder de uma mulher é o grau de sofrimento com que ela pode punir seu amante...
Isso dito ou pensado por um japonês, me parece algo quase transcendente, não?
Pelo povo japonês ser visto com muita admiração no Brasil, o assassinato do Shinzo Abe continua repercutindo e causando indignação.
Como é que pode ter acontecido? E o mais curioso, - dizia um sansei que vende Bardanas, Renkon e pacotinhos de Iriko, ali na feira - é que num país onde, desde Miyamoto Musashi e outros samurais, a honra dos guerreiros e a espada, foram sempre consagradas, o crime tenha sido praticado com uma arma de fogo e, pior, pelas costas... 
Será que o fato de ter sido fabricada artesanalmente, em casa, teria sido uma forma de, pelo menos, tentar minimizar a aleivosia e a heresia? - indagava-





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