quinta-feira, 26 de novembro de 2020

A morte do Maradona, entre parabolas, metáforas, superstições e cantos gregorianos... (O mundo é um circo!)


A morte do Maradona roubou a cena e eclipsou a tragédia das quase cinquenta costureiras que morreram ontem, nas estradas de São Paulo. O motivo? Sempre o mesmoMas eram apenas costureiras!.., sendo levadas para o trabalho e no mesmo esquema dos bóias-frias dos anos 70, que eram transportados como gado para as fazendas... E que caíam daqueles caminhões sucateados por estradas ainda piores que as de hoje e que iam de um cafezal e de um canavial a outro, sempre pilotados por motoristas bebuns e improvisados que também eram recrutados no hall dos botecos. Morriam anonimamente como moscas a ponto dos jornais nem mais noticiarem suas mortes. O que é um bóia-fria? O que é uma  costureira?

E o Pelé, que declarou que ainda vai jogar uma pelada com Maradona no céu? Tudo bem, a liberdade de expressão e de crença é sagrada, pode ser apenas uma metáfora, uma força de expressão, uma parábola, mas o que é que leva um homem de 80 anos a valer-se de uma fantasia primária  dessas, na qual nem mais as crianças de 6 anos e suas bonecas acreditam? 

E todo mundo só pensa na chegada do tal 5 G. Todo mundo tem pressa. (Seria pressa em acabar?) Já pensou "baixar um filme em menos de meio minuto!" exclamam os energúmenos. Agora só falta decidir se ficaremos de quatro para a China ou para os EEUU. Se preferimos ser enrabados por um comunismo ou por um capitalismo selvagem... Que miséria! 



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