quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Quem (em segredo) não mataria o mandarim de Eça de Queirós?

Aqueles que por acaso já se depararam com O MANDARIM, de Eça de Queirós, devem lembrar-se dessa provocação desmascaradora que o autor faz lá em sua obra:

"Num lugar distante da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que nos falam as fábulas ou a história. Não sabes nada dele, nem seu nome, nem seu tipo físico e nem do tipo de seda com que se veste.
Para que toda sua riqueza e todos os seus bens fiquem para ti, basta que toques essa campainha que esta a teu lado, sobre um livro. Ele morrerá imediatamente lá nos confins da Mongólia. Será um cadáver e tu veras a teus pés mais ouro do que pode sonhar a imaginação de um avaro. 
Tu, que me lês e que é homem mortal, apertarás a campainha?"

(Citado por Pierre Mac Orlan, em seu: Breve manual del perfecto aventurero, páginas 19 e 20)



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