"O trabalho honrado não dá fortuna a ninguém ; todos somos refinadíssimos malandrins; e se não nos esganamos fisicamente, nos esfaqueamos e nos assassinamos moral e monetariamente a cada instante. O mais bandido, o mais cruel, o mais patife é quem vence..."
João do Rio
(IN: A alma encantadora das ruas)
Curiosamente, esta semana foi a semana dos parasitas. Primeiro o "vírus chinês", que esta burlando as fronteiras e mandando muita gente para a cova; depois o filme PARASITA, do coreano Bong Jooon-Ho, que foi premiado ontem à noite pela velharada ambidestra da Academia de cinema e, por fim, a fala esdrúxula do Ministro Guedes acusando o funcionalismo público de parasitismo. E mais tarde, ia me esquecendo, o Mendigo K. pregando nas paredes da Universidade a poesia Parasitas, do Guerra Junqueiro.
A respeito do vírus, todo mundo já esta até de saco cheio de ouvir que é necessário usar máscaras, tossir com a cabeça enfiada entre os joelhos e, de preferência, ficar hibernando em casa até que as indústrias de vacinas e de medicamentos coloquem seus novos produtos, a preços módicos, nas farmácias da esquina. A respeito da premiação do filme do coreano do SUL, independente da qualidade do filme, todo mundo suspeita que foi uma provocação dos PDs e da gerontocracia cult do ocidente para com o coreano do NORTE Kim Jong-un. E, com relação ao funcionalismo público, apesar dos cacarejos dos barnabés e dos apóstolos do contra-cheque, Guedes não esta de todo equivocado. Não que eles sejam parasitas natos, mas que foram transformados em parasitas. Não SÃO, ESTÃO parasitas!
A máquina pública, (desde a antiga Roma) essa aberração estatal, seja federal, estadual ou municipal é uma máquina que não só converte o "servidor" em parasita, mas que frequentemente o enlouquece. Por quê? Porque desde a fatídica carta de Pero Vaz de Caminha a máquina pública é uma verdadeira Ilíada de apadrinhados, de amigos dos amigos, de amantes, de cúmplices, de eleitores mercenários, de pelegos de aluguel. E porque são sempre esses personagens que ocupam os postos gerenciais e de comando, apesar de quase nunca terem aptidão, competência e nem instinto para tal, gente que, por ignorância e mau-caratismo vai empurrando os funcionários para a inércia, para um ócio estúpido e para uma coçagem interminável de saco e de vulvas. Pré requisitos óbvios para o tal parasitismo.
E o Ministro Guedes foi até simplório em sua constatação! Poderia, plagiando a Robert Arlt, tê-los chamado de chupa-tintas. "De allí que el chupatintas oficial, el burócrata al servicio de la República, es uno de los ombres más felizes Del planeta".
Trinta e cinco anos coçando o saco e a vulva! E só pensando na jubilação ou na aposentadoria! Sabem o que é isso?
E mais: impedidos de atuar, de criar e, com perdão da palavra, de trabalhar, por chefetes de merda. Chefetes que de um dia para outro, por "Ordens Superiores" ou por favores sexuais, foram convertidos de Office Boys a Diretores ou vice versa, a partir de então, para sobreviver, cada um dos outros subalternos terá que contentar-se doentia e sadicamente com alguns micro-poderes e com a mais degradante parasitagem.
O ministro Guedes, que não é bobo, sabe que o maior parasita de todos é o próprio ESTADO e que as sinecuras menores são prometidas ainda na alcova ou nos banheiros das instituições e mais: que o parasitismo ziguezagueia na vertical. Que uns pés de chinelo vão mamando nas tetas de outros pés de chinelo um pouco mais acima; que por sua vez mamam nas tetas de outros pés de chinelo ainda um pouco mais acima e assim infinitamente do rodapé à cúspide, já que essa desonra e essa miséria não tem fim, nem ideologia, nem gênero, nem classe, nem raça e nem religião. Que a mamação é mútua e de ponta a ponta, da ralé até as supostas elites de gestores e de chefões. Que ninguém escapa. E se precisar de comprovação, que o Ministro de uma volta a pé pelas cidades sem cair nas crateras do asfalto, que tente entrar num banheiro público, que peça para um assessor produzir-lhe um projeto, que visite os hospitais, as escolas, as rodoviárias, os transportes públicos, as cadeias. Tudo aos pedaços! Tudo sucateado! Tudo por fazer! E com muita gente, muitíssima gente, com a barriga escorregando por sobre os cinturões dormindo sobre as mesas porque os Chefões só chegam para o trabalho depois das 11:00, porque passam as tardes inteiras em reuniões inúteis e porque às 17:00 têm que sair apressados para levar as respectivas esposas (que também são funcionárias de alto escalão) para um motel ou para o cabeleireiro, para a sauna ou para um passeio ecológico. Enfim: o ministro Guedes não esta completamente enganado. É evidente que há uma putaria e uma patologia funcional no interior da máquina pública. Tentar negá-la como querem os apóstolos delirantes da "revolução" não passa de uma idiotice corporativista. Deveríamos, isto sim, aproveitar o descaramento, o preconceito e a análise do Ministro para implodir radicalmente o funcionamento dessa máquina parasitária e pré-manicomial que insiste em manter-nos no subdesenvolvimento e na miséria...
João do Rio
(IN: A alma encantadora das ruas)
Curiosamente, esta semana foi a semana dos parasitas. Primeiro o "vírus chinês", que esta burlando as fronteiras e mandando muita gente para a cova; depois o filme PARASITA, do coreano Bong Jooon-Ho, que foi premiado ontem à noite pela velharada ambidestra da Academia de cinema e, por fim, a fala esdrúxula do Ministro Guedes acusando o funcionalismo público de parasitismo. E mais tarde, ia me esquecendo, o Mendigo K. pregando nas paredes da Universidade a poesia Parasitas, do Guerra Junqueiro.
A respeito do vírus, todo mundo já esta até de saco cheio de ouvir que é necessário usar máscaras, tossir com a cabeça enfiada entre os joelhos e, de preferência, ficar hibernando em casa até que as indústrias de vacinas e de medicamentos coloquem seus novos produtos, a preços módicos, nas farmácias da esquina. A respeito da premiação do filme do coreano do SUL, independente da qualidade do filme, todo mundo suspeita que foi uma provocação dos PDs e da gerontocracia cult do ocidente para com o coreano do NORTE Kim Jong-un. E, com relação ao funcionalismo público, apesar dos cacarejos dos barnabés e dos apóstolos do contra-cheque, Guedes não esta de todo equivocado. Não que eles sejam parasitas natos, mas que foram transformados em parasitas. Não SÃO, ESTÃO parasitas!
A máquina pública, (desde a antiga Roma) essa aberração estatal, seja federal, estadual ou municipal é uma máquina que não só converte o "servidor" em parasita, mas que frequentemente o enlouquece. Por quê? Porque desde a fatídica carta de Pero Vaz de Caminha a máquina pública é uma verdadeira Ilíada de apadrinhados, de amigos dos amigos, de amantes, de cúmplices, de eleitores mercenários, de pelegos de aluguel. E porque são sempre esses personagens que ocupam os postos gerenciais e de comando, apesar de quase nunca terem aptidão, competência e nem instinto para tal, gente que, por ignorância e mau-caratismo vai empurrando os funcionários para a inércia, para um ócio estúpido e para uma coçagem interminável de saco e de vulvas. Pré requisitos óbvios para o tal parasitismo.
E o Ministro Guedes foi até simplório em sua constatação! Poderia, plagiando a Robert Arlt, tê-los chamado de chupa-tintas. "De allí que el chupatintas oficial, el burócrata al servicio de la República, es uno de los ombres más felizes Del planeta".
Trinta e cinco anos coçando o saco e a vulva! E só pensando na jubilação ou na aposentadoria! Sabem o que é isso?
E mais: impedidos de atuar, de criar e, com perdão da palavra, de trabalhar, por chefetes de merda. Chefetes que de um dia para outro, por "Ordens Superiores" ou por favores sexuais, foram convertidos de Office Boys a Diretores ou vice versa, a partir de então, para sobreviver, cada um dos outros subalternos terá que contentar-se doentia e sadicamente com alguns micro-poderes e com a mais degradante parasitagem.
O ministro Guedes, que não é bobo, sabe que o maior parasita de todos é o próprio ESTADO e que as sinecuras menores são prometidas ainda na alcova ou nos banheiros das instituições e mais: que o parasitismo ziguezagueia na vertical. Que uns pés de chinelo vão mamando nas tetas de outros pés de chinelo um pouco mais acima; que por sua vez mamam nas tetas de outros pés de chinelo ainda um pouco mais acima e assim infinitamente do rodapé à cúspide, já que essa desonra e essa miséria não tem fim, nem ideologia, nem gênero, nem classe, nem raça e nem religião. Que a mamação é mútua e de ponta a ponta, da ralé até as supostas elites de gestores e de chefões. Que ninguém escapa. E se precisar de comprovação, que o Ministro de uma volta a pé pelas cidades sem cair nas crateras do asfalto, que tente entrar num banheiro público, que peça para um assessor produzir-lhe um projeto, que visite os hospitais, as escolas, as rodoviárias, os transportes públicos, as cadeias. Tudo aos pedaços! Tudo sucateado! Tudo por fazer! E com muita gente, muitíssima gente, com a barriga escorregando por sobre os cinturões dormindo sobre as mesas porque os Chefões só chegam para o trabalho depois das 11:00, porque passam as tardes inteiras em reuniões inúteis e porque às 17:00 têm que sair apressados para levar as respectivas esposas (que também são funcionárias de alto escalão) para um motel ou para o cabeleireiro, para a sauna ou para um passeio ecológico. Enfim: o ministro Guedes não esta completamente enganado. É evidente que há uma putaria e uma patologia funcional no interior da máquina pública. Tentar negá-la como querem os apóstolos delirantes da "revolução" não passa de uma idiotice corporativista. Deveríamos, isto sim, aproveitar o descaramento, o preconceito e a análise do Ministro para implodir radicalmente o funcionamento dessa máquina parasitária e pré-manicomial que insiste em manter-nos no subdesenvolvimento e na miséria...
Malandrins...concordo mas vem cá; o Sr Ezio escapa a isso?? Será?? Fica aí a indagação...
ResponderExcluirhttps://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/02/11/interna_politica,827194/servidores-nao-aceitam-pedido-de-desculpas-de-guedes-e-criticam-reform.shtml
ResponderExcluirhttps://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2020/02/10/internas_economia,827143/paulo-guedes-pede-desculpas-por-chamar-servidores-de-parasitas.shtml
ResponderExcluirPor que o serviço público no Brasil ainda é tão ineficiente?
ResponderExcluirPorque são parasitas!!!
ResponderExcluirhttps://g1.globo.com/economia/blog/joao-borges/post/2019/05/04/servidor-federal-inativo-custa-15-vezes-mais-que-aposentado-do-setor-privado-aponta-relatorio.ghtml
Os parasitas e seus descendentes!
ResponderExcluirA pensão de 107 anos
Herdeiros de servidor público receberam legalmente benefício da Previdência de 1912 a 2019 – atravessando nove moedas e trinta presidentes brasileiros.
https://piaui.folha.uol.com.br/pensao-de-107-anos/
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/02/12/interna_politica,827393/coluna-alexandre-garcia-o-parasita-e-o-piano.shtml
ExcluirBanqueiro chamando os funça de parasitas! E o Ézio Flávio BOZZO mamando-lhe a teta...
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