quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

O Estreito de Ormuz... A ficção das nações... OU: O teatro dos condenados da terra!

"Quando um povo chegou ao ponto miserável de não ter pelas algemas senão medo de perdê-las, de onde pode vir a salvação? De Onde?"
E.M.C


Até o vendedor de pamonhas que passa gritando lá embaixo, diz estar preocupado com os humores do Trump e com os do mandatário supremo do Irã, Hassan Rohani. 
Estão em guerra porque mesmo?
Os rebanhos e todo mundo finge tomar partido. Quem é de 'esquerda', por que é de esquerda. Quem é de 'direita', por que é de direita. Trump é terrorista! Hassan é terrorista! Se acusam. Mas é só macaquice. Míseros espectadores que se sentem na obrigação de, em nome de um Deus imaginário, eleger uma paz imaginária, uma felicidade imaginária, um amo e um tirano imaginário para si próprios. Há até quem passe a noite inteira nas janelas rezando e tentando identificar um ou outro míssil entupido de explosivos ziguezagueando por entre as estrelas e atravessando os mares. Aquele cairá sobre Washington, vaticinam. Aquele outro cairá sobre Teerã, prognosticam. Aquele outro acertará o World Trade Center, este outro atingirá Persépolis e o Palácio de Golestão. Enquanto isso, os dois mandatários, cada um agarrado a seu Deus,  a sua lógica e a suas misérias, com suas cápsulas de cianureto no bolso, assistem a tudo enfiados em suas tocas. Gozam ao ver os  locutores e os astrólogos políticos interpretando seus gestos e a plebe alucinada na superfície agitando bandeiras e se despedaçando por nada. Se excitam com a fumaça, com os estrondos, as bombas, a poeira, os gritos e os destroços... Afinal, há gente demais no mundo! Não é verdade? E ambos acreditam que, como dizia o velho Hitler: o pior de uma guerra é perdê-la.



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