sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

E os gays mexicanos voltam a atacar! Agora ironizam ao velho Zapata...

"Te diría que El mexicano es: Mucha madre, poco padre, y harta chaviza"
Santiago Ramirez, 
(IN: Ajuste de cuentas, p. 62)







Esta a mostra no Museu do Palácio de Belas Artes, na cidade do México, a exposição ZAPATA DESPUÉS DE ZAPATA.

Uma das pinturas expostas é essa aí, de Fabian Cháirez, que coloca o velho Zapata, ícone da revolução mexicana de 1910, com trejeitos de donzela febril sobre um cavalo excitado. Evidentemente que os mexicanos, não só os urbanos, mas principalmente os campesinos ficaram furiosos e invadiram o museu com gritos de fuera maricones! e querendo interditar a exposição e queimar o tal quadro com o argumento de que Liberdade de expressão não é liberdade de devassidão.
Curiosamente os mexicanos, mais do que todos os outros latino-americanos,  têm um fascínio em desmistificar seus supostos heróis. Nos anos 80 fizeram o mesmo com Lênin. Pintaram-lhe os lábios e o colocaram sobre tamancos. 
Tudo bem, são geneticamente anárquicos, sabemos, mas de onde lhes advém essa obsessão em questionar-lhes a sexualidade? Por pouco não o travestiram de Frida Kahlo.
Enfim, para quem quiser ver, o velho Zapata, ele que foi crivado de balas numa emboscada em 1919 e para quem os campesinos ainda queimam incenso, esta lá no salão principal do Museu de Belas Artes, afrescalhado sobre seu cavalo branco, de onde olha meio envergonhado e meio penalizado para a multidão e talvez ainda disposto a resmungar-lhes, a resmungar para aqueles seus antigos e furiosos correligionários, apenas para os apaziguar e amainar, o velho sofisma de sempre: “Tierra y Libertad!" Y Viva México, mierda! 
Pero, sabiendo que son solo palabras y que no pasa nada!






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