segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

De vacas, de trigo e de estradas de ferro...

"... Para saber  essas coisas, é preciso ler muito, prestar atenção às conversas, perder dias inteiros indo verificar um número de casa, ou conseguir a façanha de consultar uma coleção de jornais na Biblioteca Nacional que - neste país de analfabetos formados e analfabetos mesmo - em vez de ter um alto-falante na porta gritando - entrem para ler! - possui pessoal impedindo,  o mais possível , acesso ao seu acervo..."
Pedro Nava
(IN: Galo-das-trevas, M. 5. Página 7)


Mesmo não sendo um cientista político, um sociólogo, um matemático, um pensador ou um horoscopista, para se fazer uma avaliação do governo de plantão, e saber se é como todos os outros que já passaram e se terá um destino semelhante, é só fazer-se duas perguntas:

I. Em seus 4 anos de governo, construirá uma ferrovia que corte o país de ponta a ponta?

II. Tornará o país auto-suficiente em produção de trigo?

Se as duas respostas forem negativas, pode saber que se esta falando, outra vez, de uma merda burocrática semelhante às anteriores. 
Me explico: um país  e não importa sua dimensão nem seu tamanho que não tem estradas de ferro, é um país que nunca deixará de ser arcaico, subdesenvolvido e suburbano.
E um país essencialmente agrícola, como o nosso, que prefere criar vacas e plantar soja (para os porcos dos EEUU e da China) ao invés de produzir trigo para Si mesmo; um país que depende de importação desse cereal para poder comer pão, tortellini e spaguetti é, no mínimo, um país gerenciado por bundões estúpidos e ignorantes.
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https://www.diariodoscampos.com.br/noticia/brasil-importa-mais-de-70-de-trigo-da-argentina

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