Muita Veuve Clicquot na Praça da Bastille. Sai Sarcozy entra François Hollande.
Apesar do entusiasmo das massas, as eleições são só parte do rodízio malandro da
neo-monarquia e protocolos do acordo entre monarcas. 5 ou 10 anos para o socialismo; 5
ou 10 anos para a Direita; 5 ou 10 anos para um governo eclético. Depois volta
a direita, retornam os socialistas, reassumem os ecléticos etc. Tudo para dar o
que falar à mídia, manter as massas esperançosas e garantir a tal “governabilidade”.
Primeiro um católico, depois um ateu, depois um anglicano, um mórmon, um muçulmano,
um ortodoxo, um espírita, tudo para não deixar faltar a heroína e o crack
espiritual a nenhum bando... Uns sobem
dizendo: Basta de irresponsabilidades! Outros: basta de austeridade! Outros:
seguiremos religiosamente as aspirações do povo! Pura demagogia. E nada de
significativo se altera. As únicas mudanças ocorridas no último século – para a
insônia dos revolucionários de plantão – foram propostas e viabilizadas pelos
usureiros e pelos comerciantes. Se não fosse o Jobs e o magnata Bill Gates
ainda estaríamos na Idade do Bronze. Vejam a Rússia: ontem reconduziu ao poder
o antigo agente da KGB. Vejam a Grécia, a querida Atenas, que a partir de hoje vai
ser governada conjuntamente pela extrema direita e pela extrema esquerda.
Nem um pio sobre a falácia
que a República tem se revelado. Nenhuma reflexão em curso sobre a necessidade
de inventar uma nova forma de administrar as cidades, os países, o mundo. As universidades
se converteram em viveiros de papagaios, em agências de empregos e usina de bundões. Os doutores estão cansados, sonolentos e com baixa de testosterona...
preferem seguir acreditando e mentindo para seus alunos que as ideias de Platão
sobre a política são definitivas e até mesmo eternas... Viva o anarquismo de Max
Stirner!
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