segunda-feira, 7 de maio de 2012

Viva o anarquismo de Max Stirner...


Muita Veuve Clicquot na Praça da Bastille. Sai Sarcozy entra François Hollande. Apesar do entusiasmo das massas, as eleições são só parte do rodízio malandro da neo-monarquia e protocolos do acordo entre monarcas. 5 ou 10 anos para o socialismo; 5 ou 10 anos para a Direita; 5 ou 10 anos para um governo eclético. Depois volta a direita, retornam os socialistas, reassumem os ecléticos etc. Tudo para dar o que falar à mídia, manter as massas esperançosas e garantir a tal “governabilidade”. Primeiro um católico, depois um ateu, depois um anglicano, um mórmon, um muçulmano, um ortodoxo, um espírita, tudo para não deixar faltar a heroína e o crack espiritual a nenhum bando...  Uns sobem dizendo: Basta de irresponsabilidades! Outros: basta de austeridade! Outros: seguiremos religiosamente as aspirações do povo! Pura demagogia. E nada de significativo se altera. As únicas mudanças ocorridas no último século – para a insônia dos revolucionários de plantão – foram propostas e viabilizadas pelos usureiros e pelos comerciantes. Se não fosse o Jobs e o magnata Bill Gates ainda estaríamos na Idade do Bronze. Vejam a Rússia: ontem reconduziu ao poder o antigo agente da KGB. Vejam a Grécia, a querida Atenas, que a partir de hoje vai ser governada conjuntamente pela extrema direita e pela extrema esquerda.
Nem um pio sobre a falácia que a República tem se revelado. Nenhuma reflexão em curso sobre a necessidade de inventar uma nova forma de administrar as cidades, os países, o mundo. As universidades se converteram em viveiros de papagaios, em agências de empregos e usina de bundões. Os doutores estão cansados, sonolentos e com baixa de testosterona... preferem seguir acreditando e mentindo para seus alunos que as ideias de Platão sobre a política são definitivas e até mesmo eternas... Viva o anarquismo de Max Stirner!

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