quarta-feira, 16 de agosto de 2023

As Margaridas, as camélias e as bromélias... Menstruação com dignidade! E notícias do inferno feminino... (1)



























 





















AS MARGARIDAS, movimento de mulheres (em homenagem a uma combativa camponesa paraibana) que de vez em quando vem Marchar sobre Brasília, fazendo reivindicações aos políticos de plantão, já estavam aqui aos milhares, nesta terça-feira de agosto. Já são umas 40 mil, confinadas num barracão do Parque da Cidade, mas a expectativa é de que cheguem umas 100 mil, e de todos os cantos do país. A propósito, nada é mais brochante do que passar a manhã e a tarde infiltrado no meio de tantas mulheres. Paradoxalmente, as fantasias, o romantismo, as idealizações e mesmo a libido desaparecem. Há nelas um toque de rancor e de melancolia que não lhes fica bem... Tornando a experiência, literalmente brochante. 

Seriam, como  proferiu aquele pederasta inglês, "esfinges sem segredos?

E depois, vê-las, em pleno século XXI ainda reivindicando comida  (mesmo com a obesidade em alta), remédios, água potável, preservação das florestas, melhores condições de trabalho, de moradia, e até "dignidade menstrual", me pareceu um horror...

Justifiquei a minha completa brochada, com a seguinte indagação: Que tipo de libido conseguiria sobreviver a uma pobreza e a uma penúria dessas?

Descendentes de índios, de negros, de portugueses, de polacos, de italianos, de alemães, de holandeses, de espanhóis, de libaneses, etc... Um mix de gestos maternos e amorosos com rancor e cólera... Um incômodo e uma cólera milenar... Mas contra quem? O cheiro de urina impregnava o barracão. E era de urina feminina, que tinha um cheiro diferente da dos motoristas dos ônibus, barrigudos, pinguços e alienados, estirados lá nos estacionamentos e que mijavam sobre os pneus...

Elogios infantis à Margarida, à Marielle e a outras 'heroínas', bem como ao "pai Lula"... e maldições veladas e também infantis ao "padrasto Bolsonaro". O Bem e o Mal! (zoroastrismo?) Quem é que não se lembra de Deus e o Diabo na terra do sol? E quando alguém colocava Alceu Valença na "radiola", (La belle de jour...) era um rebolado e um frenesi só! Uma euforia coletiva e um simulacro de felicidade e sedução, mesmo quando, do fundo daqueles olhinhos tímidos e perversos, permaneciam visíveis as marcas de um desamor e de uma solidão terrível... 

Enfim: Quem conseguir manter essa turma no cabresto, permanecerá no poder por tempo indeterminado... 



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