domingo, 23 de outubro de 2022

e.., de picaretagens em picaretagens...



Observem, como [Os que acendem velas no altar do ideal, têm sempre uma fábrica de velas que os subvenciona...] (P)





Hoje a cidade amanheceu eufórica. Bolsonaristas e Lulistas batem tambores, buzinam, gritam e aceleram seus automóveis nas esquinas e diante dos bares, mais ou menos como na semana passada, quando houve um Fla/Flu. A lógica e os argumentos são os mesmos. Velhotes, balzaquianas e adolescentes tardios dirigem perigosamente. Uns, já borrachos, a mão para fora segurando a bandeira... Lula lá! Bolsonaro lá! As meninas de ofício aparecem bocejando e sonambulas nas janelas dos cortiços e das quitinetes... O que estará acontecendo? Se perguntam.

E ninguém parece ter se abalado com a Carta esdrúxula que o Lula dirigiu aos evangélicos. Quê esquerdismo mais reativo e bizarro! Mas, afinal, estamos ou não, flertando com uma teocracia? Comentam até que foi psicografada pelo Padre Cícero.

E também não parecem abalados com o insistente slogan do Bolsonaro: Pátria, Família e Deus sobre tudo! Slogan com o qual tanto Franco como Salazar mantiveram os espanhóis e os portugueses de joelhos e humilhados durante quarenta anos...

E os dois candidatos, entre outras bobagens do subdesenvolvimento, prometem, em troca do voto, melhorar o Salário Mínimo. Salário Mínimo? Como é que se tolera a existência de um salário mínimo? A propósito, como anda a escravidão contemporânea? Lembram a resposta do General Figueiredo (então de plantão no palácio) quando lhe perguntaram o que faria se tivesse que viver com um salário mínimo? Jurou que se suicidaria!

Quê desvario!

Qual é, afinal, a lógica e as fantasias dessa gente?

E, pior: tudo em nome de uma suposta democracia... Dessa religião ateniense, fajuta, utópica e de trapaceiros, que já ameaça suplantar o cristianismo, o judaísmo e o islamismo, juntos...

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