sábado, 8 de outubro de 2022

Biden, a maconha, o Armagedom... E os gatos fujões e vagabundos que voltam à casa para morrer...


Curiosamente, no mesmo dia em que o Biden diz ter "perdoado" os milhares de maconheiros que estavam enjaulados naquele país, insinuou que, dependendo do andar dos tanques lá nas escaramuças entre Ucrânia e Russia, o mundo pode mergulhar num Armagedom...

Teria passado a madrugada lendo fábulas? O Apocalipse? Ou estaria sob o efeito de um baseado? Já teria esquecido de como lhes foi o  Armagedom lá no Vietnã e lá no Afeganistão?

Não lhes parece delirante demais a ideia de atribuir-se o poder de "perdoar" alguém? E principalmente, em se tratando daqueles que se havia mandado prender, apenas por gostarem de queimar uma ervinha de merda? Não deveria ser exatamente ao contrário: ele, com aqueles passos instáveis e voláteis a passar de penitenciária em penitenciária e pedir-lhes perdão?

 E a ameaça de um Armagedom? De uma batalha final? 

Haverá maior desvario e perversão civilizatória do que a possibilidade de que um ou dois sujeitos (por transtornos íntimos), amparados na balela do Bem e do Mal, possam, com bombas e mísseis, pensar em definir o destino de 8 bilhões?

Ah, parece que aquilo que Oscar Wilde dizia das mulheres, se pode dizer também dos supostos estadistas: levam 45 anos para chegar aos 30.

Em síntese: nós aqui, também com nossas cadeias lotadas de adolescentes e de velhotes que foram pegos com meia grama de maconha entre os dentes ou nas cuecas, estamos quase aptos a entender aquilo que dizia um pensador italiano: 'Somos todos guiados por um destino igual; somos como cachorros agonizantes que se vão esconder sob as camas, sob as mesas; como os gatos que se asselvajaram, vagabundos, e que voltam a casa para morrer... Somos os homens de uma sociedade em decomposição...'

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