Cu de bêbado não tem dono...

"Se se alimenta generosamente os cavalos, 

alguns grãos cairão para os pardais..."

(Raciocínio liberal)

Galbraith

O abuso sexual de um estudante de engenharia, ocorrido  na semana passada em Ouro Preto, Minas Gerais, naquela república de estudantes conhecida por Sinagoga, trouxe de volta e ao cotidiano a discussão sobre o velho e conhecido ditado popular de que [cu de bêbado não tem dono]. Conhecem?

Diz a notícia que numa festa de 'arromba', durante uma homérica bebedeira na tal República, um dos moradores e futuro engenheiro (proveniente do Maranhão), foi embriagado, seviciado e enrabado pelos colegas.

Que tal?

Mas logo em Ouro Preto! Cercado por igrejas, por capelas, por catedrais e por campanários ecumênicos por todos os lados! Então seria verdadeira a tese de que quanto mais religiosa a cidade, a vila, a família e o sujeito, mais perversidades? Como não pensar no camarim de Lucifer, lá no Sueño del infierno, de Quevedo?

E que estranho, bizarro e excêntrico fascínio por esse insólito & singular buraco! Estaríamos vivendo uma era de atordoamento coprofágico?

Nos tempos em que não havia pílula anti conceptiva.., até que se justificava... mas agora!

Onde teríamos que buscar explicações? No Gênesis ou em Darwin? Ou em Zaratustra?, naquele que dizia: 'a dor faz cacarejar tanto as galinhas como os poetas...'

Normalmente se atribui a responsabilidade aos gregos e aos romanos, mas há controvérsias...

Enfim, no meio de toda essa merda circulante, lembro de Groucho Marx, de sua fantasia de que ao morrer, escrevessem em sua tumba, lá no Cemitério de Los Angeles: Desculpem se não me levanto...