A apreensão e confisco desse objeto escatológico numa academia de polícia de São Paulo, tem colocado em evidência o fato de que, mesmo antes da epidemia, o setor de negócios que mais tem prosperado, em todos os países e culturas, depois dos pets, é o setor dos Sex-Shop. Ali, sempre com aquela vendedora 'terna' e 'inocente', os clientes mais exóticos (e de todos os sexos) podem, e com a maior austeridade possível, comprar absolutamente de tudo para enfiar no corpo dos outros ou no próprio. Tema que tem interessado cada vez mais, não apenas aos economistas e à filosofia mas, principalmente, à psicopatologia. Ao invés de um signo da vox popoli, não seria, mais bem, da miseriae popoli...
Quem é que não associa essa peça com à necrofilia? Ou mesmo com aquelas salas que existem no subsolo das igrejas, onde os fiéis deixam seus ex-votos (em agradecimento aos santos ou aos deuses), isto é: partes ou pedaços do corpo em cera, silicone, madeira ou borracha, réplicas dos órgãos para os quais acreditam ter conseguido a cura através de um milagre? Lugar onde nem é necessário ser muito sensível para ficar horrorizado e enojado... Eu, particularmente, sempre que entro por engano num desses lugares tenebrosos, lembro que no sótão ou no porão da casa de minha infância, uma ou duas vezes por ano, havia fileiras de salames dependurados no teto para serem defumados... "Além disso, - diria J. Brodsky -considerar-se um porco é mais humilde e, em última análise, mais exato do que se considerar um anjo caído..."
Lembram das bonecas infláveis? Quanto estariam custando?
Minha curiosidade é cada dia maior: o que teria acontecido, não no ontem, e nem no anteontem, mas lá nos primórdios dessa tribo? Na época das desvairadas peregrinações.., dos grandes êxodos e das mais inacreditáveis barbáries? Será que nunca se saberá?!
Estariam os gringos se cansando da servidão voluntária ?
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=icI74UlIZHI