terça-feira, 11 de junho de 2024

A fábula da política francesa... a dissolução do Congresso... e os vinte mil melhores videntes de Paris...



"A política? Um porco degolado; fanfarrões que 
assistem ao fato e outros que lhe lambem o sangue..."
(Capus)


Os especialistas e a mídia tropical não se cansam de comentar e analisar a decisão do Macron de dissolver o Parlamento e de convocar novas eleições por lá, e isto, dias antes do início da pantomima grega, das OLIMPIADAS... 

E a Marine Le Pen (vitoriosa) aparece sous le ciel de Paris como um fantasma, como uma bruxa de Salém... e a extrema direita, por sua vez, como uma confraria de retardados que detém as chaves que podem abrir as comportas e derramar o inferno sobre Saint Michel e sobre Montmartre... (Mas principalmente sobre Belleville!) 

E as ditas esquerdas, nascidas e criadas ali pelos pátios da antiga e Sacra Sorbone e do Jussieu, elas que parasitaram por lá durante décadas, entre cafezinhos e vinhos 'orientando' teses sobre a América Latina e recitando a Trotski e a Robespierre no maior onanismo, longe de se permitirem fazer uma auto-critica, buscam, afetadas, explicações para esse retrocesso e para esse fracasso, no além, no alinhamento dos astros ou até mesmo na lições do Marques de Sade...  editadas ainda lá no interior da Bastille... Como teria dito Henrique IV: Paris bem que merece uma missa! (1593).

Ora!, é evidente que, apesar de Voltaire, de Sartre, de sua mulher, de outros 'filósofos', e de uma batelada de mitos, o país inteiro sempre esteve flertando com aquela gente que colonizou a Argélia, o Marrocos, Madagascar e etc, indo ao Père-Lachaise depositar crisântemos na tumba de Allan Kardec e roendo brioches no hall dos oráculos dos videntes. A propósito: O que pode ser mais reacionário do que uma cidade (com a história e do tamanho de Paris) que tem mais de vinte mil videntes ativos? (e vinte mil, entenda-se, considerando apenas os ditos melhores, e todos com as agendas lotadas)... 




 















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