quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Não dê a Cesar o que é de Cesar... Cesar também é um larápio!

[Esto demuestra una vez más que la intensidad del patriotismo natural no es una prueba de la humanidad sino de la bestialidad...]
Miguel Bakunin


No Congresso Nacional a trupe atual discute calorosamente sobre o montante que irá precisar (1 bilhão? 3 bilhões?) para, nas próximas campanhas, convencer os trouxas a votarem nela... e para decidir de onde sairá esse dinheiro sem causar espanto nos rebanhos famintos e principalmente nos patetas úteis. Das empresas? dos programas sociais? dos bancos? dos governos paralelos? do dízimo das igrejas? Da renda do pobre alienado que comercializa umas pedras de crack ali nos fundos do shopping? 
Os chefetes dos trinta e tantos partidos se emocionam durante as tertulias familiarescas, afrouxam as gravatas, tomam umas gotas de rivotril e simulam seriedade patriótica. Partidos opostos, de clãs  e de linhagens opostas, - pero no mucho - evidentemente, apresentam esquemas aparentemente contrastantes.  Mas é só pantomima. Juram que tudo tem como finalidade a manutenção do sagrado direito do voto e da democracia, da liberdade e até do livre arbítrio do povo. 3 bilhões! Em quê? Em panfletos mentirosos, em pichações vazias, em reportagens compradas, em jantares, shows e em discursos vagabundos e super-faturados, em pipocas, em notas frias, em deboches, em falsificações... E os eleitores (analfabetos ou até meio ilustrados) se sentem ansiosos para que chegue logo o tal dia em que levantarão cedo e com o título de eleitor nas mãos vão às escolas caindo aos pedaços, ou aos barracões incensados das paróquias exercer o supremo e quase divino direito (e dever) de cidadania: VOTAR. Bah! Que gloria! e que atraso! 
E fazem pose e escolhem até soberbamente um de entre os quatro ou cinco nomes que lhes são ofertados, convictos de que fizeram uma opção soberana, livre e legítima. Um desses pobres eleitores, indignado com tantas experiências frustradas, dava uma sugestão nova ao repórter que o entrevistava, uma sugestão para eleger os futuros mandatários e as novas governanças sem gastar dinheiro algum: como todos os interessados têm a mesma origem, são da mesma linhagem e têm a mesma ficha corrida, o mesmo perfil, a mesma ideação de país, de república e de vida - dizia - se poderia elegê-los através da loteria. Da mesma maneira que se aposta no jogo do bicho, numa corrida de cavalos, na tele-sena, na Loto, na loteria federal, se apostaria no nome e no número de um desses sujeitos...  Pronto! Em um final de semana tudo estaria resolvido, sem sujar as paredes e sem preocupar-se com caixa 1, caixa 2 e etc. E em termos de qualidade  legislativa e do parlamento? Perguntou-lhe o repórter. Ora! Tudo seguiria igual - respondeu, com náuseas...

Um comentário:

  1. http://www.otempo.com.br/interessa/é-imposs%C3%ADvel-ser-um-pol%C3%ADtico-de-sucesso-sem-ser-mentiroso-1.1485238

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