[Décidément, la croyance au progrès est la plus niaise et la plus stupide de toutes les croyances...] Cioran
Frustrante o discurso da
presidente. Nenhuma novidade, nenhuma inovação, nenhuma chispa de ação
radical... A mesma fala de sempre, com os mesmos argumentos viciados e pobres
das tribunas, todos contaminados e infectados das unhas dos pés aos
cabelos, há séculos. Difícil escutá-los de sangue frio. Convocar os governadores! Para quê? Fazer um pacto! Que
pacto? E logo com eles? Mais dinheiro para isto, mais dinheiro para aquilo?... Mais dinheiro?
Ora, todo mundo sabe que crises sociais e tragédias por aí, sempre foram bons pretextos (e até de jubilo secreto) para os governantes e suas famílias, já que são momentos
ideais e propícios para mais rapinagem e para mais roubalheira. Lembram das enchentes e
dos desmoronamentos no Rio de Janeiro? Os milhões que foram destinados às vítimas, sumiram. Os destroços ainda estão todos lá, com cadáveres que nem sequer foram resgatados...
Contratar milhares de médicos estrangeiros? Para quê? Isso é ridículo! Nosso problema na saúde é sanitário e preventivo, não é curativo e nem hospitalar! E depois, temos médicos
sobrando por aí, o que nos falta é competência e bagos para gerencia-los...
Enfim, o que se está
reivindicando nas ruas, seja ao estilo de Gandhi ou a maneira de Al Capone (tanto faz), não é
isso. Isso não interessa verdadeiramente a ninguém.
Os manifestantes (sejam de esquerda, de direita ou ambidestros) estão simplesmente exigindo: 1. Abaixo o covil legislativo! 2.
Abaixo o covil executivo! 3. Abaixo o covil judiciário! 4. Abaixo o covil da
imprensa. 5. Fora o covil religioso e 6. Fora o covil partidário. O resto é
bobagem.
E como se atende a essas simples reivindicações? Alterando, EM VINTE DIAS, NÃO EM VINTE ANOS, a velha, caduca, tendenciosa e bacharelesca Constituição.
Sumemo neguim! Protesto sem ação direta é o mesmo que sexo sem orgasmo! Tem que chegar de ostrogodo no babulho!
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