sábado, 22 de junho de 2013

A crença no progresso é a mais estúpida de todas as crenças...

[Décidément, la croyance au progrès est la plus niaise et la plus stupide de toutes les croyances...]  Cioran


Frustrante o discurso da presidente. Nenhuma novidade, nenhuma inovação, nenhuma chispa de ação radical... A mesma fala de sempre, com os mesmos argumentos viciados e pobres das tribunas, todos contaminados e infectados das unhas dos pés aos cabelos, há séculos. Difícil escutá-los de sangue frio. Convocar os governadores! Para quê? Fazer um pacto! Que pacto? E logo com eles? Mais dinheiro para isto, mais dinheiro para aquilo?... Mais dinheiro? Ora, todo mundo sabe que crises sociais e tragédias por aí, sempre foram bons pretextos (e até de jubilo secreto) para os governantes e suas famílias, já que são momentos ideais e propícios para mais rapinagem e para mais roubalheira. Lembram das enchentes e dos desmoronamentos no Rio de Janeiro? Os milhões que foram destinados às vítimas, sumiram. Os destroços ainda estão todos lá, com cadáveres que nem sequer foram resgatados... 
Contratar milhares de médicos estrangeiros? Para quê? Isso é ridículo! Nosso problema na saúde é sanitário e preventivo, não é curativo e nem hospitalar! E depois, temos médicos sobrando por aí, o que nos falta é competência e bagos para gerencia-los... 
Enfim, o que se está reivindicando nas ruas, seja ao estilo de Gandhi ou a maneira de Al Capone (tanto faz), não é isso. Isso não interessa verdadeiramente a ninguém. 
Os manifestantes (sejam de esquerda, de direita ou ambidestros) estão simplesmente exigindo: 1. Abaixo o covil legislativo! 2. Abaixo o covil executivo! 3. Abaixo o covil judiciário! 4. Abaixo o covil da imprensa. 5. Fora o covil religioso e 6. Fora o covil partidário. O resto é bobagem. 
E como se atende a essas simples reivindicações? Alterando, EM VINTE DIAS, NÃO EM VINTE ANOS, a  velha, caduca, tendenciosa e bacharelesca Constituição.

Um comentário:

  1. Sumemo neguim! Protesto sem ação direta é o mesmo que sexo sem orgasmo! Tem que chegar de ostrogodo no babulho!

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