segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sonâmbulos... pela noite dos tempos...



Parece que os caciques da CNBB e os da OAB 
reuniram-se por aí nesta segunda-feira, com o vivo propósito de
descolarem uma carona nas manifestações populares e engrossarem a pressão por uma mudança constitucional. Esqueceram de convidar aquele pastor, também timoneiro de circo, que manda em trinta por cento dos deputados e do eleitorado brasileiro. Parece que vão também coletar assinaturas contra a corrupção. Não lhes parece uma repetição inócua e infantil! Quantas e quantas listas já foram feitas com esse propósito e levadas ao Congresso Nacional... com as quais os parlamentares simplesmente se limparam o rabo!? Quantas e quantas passeatas com velas, florezinhas brancas e mãos postas já foram protagonizadas por aí, pedindo paz e concórdia? Outra infantilidade quase demente que nunca resultou em nada!
Que os manifestantes não se deixem enganar e nem intimidar  por essas raposas! Para que o cálice transborde sobre os papéis ou que o caos se instale de maneira irreversível, basta que continuem turbinando suas “ações diretas” por aí, sem grandes teorias e nem grandes propostas, pois a velharia que está no comando sabe, e muito bem, o que deve ser feito.., já e imediatamente, para tornar este lugar minimamente digno e respeitável. Como diria Albino Forjaz de Sampaio: para [Extirpar de todos os corações essa planta maldita que é a esperança, destruir quimeras, limpar dos cérebros a erva maldita da ilusão].
 Mudança na dita Carta Magna? Tudo bem. É o óbvio e inevitável. Agora, com essas duas entidades novamente no páreo, (e com outras que já estão reciclando a demagogia ) corre-se o risco dela vir a tornar-se ainda mais ambígua, delirante, paradoxal e pior!  
Quem estava por aqui na época da Constituinte anterior, lembra muito bem como se via padres e advogados por todos os lados, uns a serviço da bíblia e da metafísica, outros, em defesa de brechas jurídicas e de sutis demandas de classe...  participação falaciosa que resultou nesse estado beato e bacharelesco, comandado pelas igrejas e pelos escritórios de advocacia. Prestem atenção como para tudo neste país, desde o nascimento até a morte, é necessário recorrer às funestas seitas religiosas e às funestas seitas advocatícias.  Ah, aquele é um santo padre! Ah, este é um brilhante  criminalista! Aquele vai rezar-me uma missa e retirar-me do inferno! Este vai conseguir-me um habeas-corpus e arrancar-me da prisão.


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