reuniram-se
por aí nesta segunda-feira, com o vivo propósito de
descolarem
uma carona nas manifestações populares e engrossarem a pressão por uma mudança
constitucional. Esqueceram de convidar aquele pastor, também timoneiro de
circo, que manda em trinta por cento dos deputados e do eleitorado brasileiro.
Parece que vão também coletar assinaturas contra a corrupção. Não lhes parece
uma repetição inócua e infantil! Quantas e quantas listas já foram feitas com
esse propósito e levadas ao Congresso Nacional... com as quais os parlamentares
simplesmente se limparam o rabo!? Quantas e quantas passeatas com velas,
florezinhas brancas e mãos postas já foram protagonizadas por aí, pedindo paz e
concórdia? Outra infantilidade quase demente que nunca resultou em nada!
Que os
manifestantes não se deixem enganar e nem intimidar por essas raposas!
Para que o cálice transborde sobre os papéis ou que o caos se instale de
maneira irreversível, basta que continuem turbinando suas “ações diretas” por
aí, sem grandes teorias e nem grandes propostas, pois a velharia que está no
comando sabe, e muito bem, o que deve ser feito.., já e imediatamente, para
tornar este lugar minimamente digno e respeitável. Como diria Albino Forjaz de
Sampaio: para [Extirpar de todos os corações essa planta maldita que é a
esperança, destruir quimeras, limpar dos cérebros a erva maldita da ilusão].
Mudança
na dita Carta Magna? Tudo bem. É o óbvio e inevitável. Agora, com
essas duas entidades novamente no páreo, (e com outras que já estão reciclando a demagogia ) corre-se o risco dela vir a tornar-se ainda mais ambígua,
delirante, paradoxal e pior!
Quem estava por aqui na época
da Constituinte anterior, lembra muito bem como se via padres e advogados por
todos os lados, uns a serviço da bíblia e da metafísica, outros, em defesa de
brechas jurídicas e de sutis demandas de classe... participação falaciosa
que resultou nesse estado beato e bacharelesco, comandado pelas igrejas e pelos
escritórios de advocacia. Prestem atenção como para tudo neste país, desde o
nascimento até a morte, é necessário recorrer às funestas seitas religiosas e
às funestas seitas advocatícias. Ah, aquele é um santo padre! Ah, este é
um brilhante criminalista! Aquele vai rezar-me uma missa e retirar-me do
inferno! Este vai conseguir-me um habeas-corpus e arrancar-me da prisão.
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