Usando como pretexto o naufrágio do Costa Concordia nas águas
cor de esmeralda do Mar Tirreno, os misóginos continuam insistindo que por
detrás de uma grande tragédia ou de um grande desastre sempre existe a “mão” ou
a “boca” hábil de alguma mulher... Se
Berlusconi afundou a Itália por causa de sua “paixão” desmedida por mulheres –
dizem -, o capitão Schettino deixou sua nave afundar num momento de alucínio
pelos encantos da bailarina de 25 anos que compartilhava sua cabine.
A bordo! A bordo! A
bordo! Ordenava com
rigor uma espécie de superego em terra firme. Mas, possivelmente o emotivo
capitão preferia ouvir: Al letto! Al letto!
Al letto!
Agora todo mundo critica o pobre Schettino, mas para quê foram
inventados os tais “cruzeiros” se não para os prazeres da carne e para as artimanhas da
luxúria? Manjare... filosofare... vardare
al mare infinito e anca “trepare”. De preferência ouvindo: Torna surriento.
Depois de Lucrécia Borgia parece que os italianos nunca mais
conseguiram se equilibrar e nunca mais souberam como lidar com a própria sexualidade. As
mulheres correram “sabiamente” para as igrejas, passaram a usar cinto de castidade e cruzaram as pernas enquanto os
velhos e românticos navegadores continuaram por aí com o mastro sempre pronto para ser levantado. Um detalhe curioso: quando se olha uma embarcação sumindo no meio das ondas, a última coisa que desaparece é o mastro.
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