Brasília fervilha movida a contracheques, politicagens, esoterismos, lanchas, construções irregulares por todos os lados, delírios de grandeza, dinheiro e sexo. Com cinquenta anos continua sendo apenas uma terra de ninguém. Quem veio para cá, apesar dos discursos e das patriotadas (com raríssimas exceções) veio trazendo apenas um punhado de trapos e inspirado pelo espírito inato de bandoleiro o qual, todo mundo sabe, como as pulgas dos cães, acompanha o sujeito para onde ele for. Há momentos em que isto aqui realmente parece um país a parte, uma nação dentro de uma nação, uma tribo edificada no meio do deserto pelo êxodo de um bando de desvairados. E aqui a “ascensão social” é meteórica! Do nada ao tudo com uma velocidade de raio! De todos os partidos e de todas as congregações, todo mundo se deu bem nas entranhas da capital da esperança. Uns podem até seguirem fingindo-se de indigentes, mas é só para não terem que prestar contas ou dividir alguma coisa com os que ficaram perdidos lá em suas bibocas de origem. E, coincidentemente ou não, é aqui que também o pansexualismo explode e começa a ficar cada dia mais explícito e visível. Comparadas a Brasília as vilas de Sodoma e Gomorra pareceriam dois spas para retiro espiritual. No caso da pedofilia (sexo de adultos com crianças), primeiro foi o pastor Téo, evangélico carismático; depois o padre apostólico romano e ontem novamente um pastor, agora da igreja batista pentecostal Jeová Jireh. A coisa está tão grave que já se pensa em um presídio só para religiosos, aliás, só para pedófilos.
- De onde advém essa tara homossexual e heterossexual por crianças? Será apenas a memória de si mesmo sendo estuprado e subjugado? Apenas sede de vingança confundida com desejo ou existe alguma relação entre a profissão de corretor divino e esse tipo de exploração e de ultraje?
Se indagam os familiares das crianças abusadas, apesar das beatas de sempre continuarem insistindo que tudo não passa de um complô do demônio contra aqueles simpáticos e libidinosos mensageiros de deus.
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