Foi só a Taylor Swift cair fora que chegou o Beatle...
Teria sobrado dinheiro?
No passado, o imperialismo britânico e o americano, enviavam para cá, principalmente para a Amazônia, padres, pastores e outros 'evangelizadores', para domar os índios e negociar com eles latifúndios por Bíblias. Tempo em que os ingleses, lá na Asia, negociavam ópio por especiarias... Agora, nos enviam seus artistas para negociar baladas por dólares... Quando é que virão os franceses? Os alemães e os italianos? Não, os italianos, não, eles já fizeram a sua parte com a Gigliola Cinquetti e com o catolicismo... Já, os chineses, se dissimulam por aí atrás de seus pandas... E os israelenses? Estes também não, estão demasiadamente ocupados com a expropriação de Gaza. A propósito, por que é que até hoje, os árabes, com todo o petróleo e o dinheiro que dispõem, ao invés de ficarem iludidos com a Nova Rota da Seda, ainda não transformaram as margens do Mediterrâneo de Gaza, numa espécie de Côte D'Azur? Na Oitava Maravilha do mundo? Com terraços e ateliêrs de seda; fabriquetas de papiro, de perfumes; violinistas, luthiers, camelôs poliglotas, dunas (como as de Merzouga), publicadoras dedicadas à literatura arábica e nômade, haréns para os visitantes... reproduções dos antigos Bîmâristâns (lugares de loucura e de sabedoria) e, principalmente, com pescadores de Coral Vermelho? Todo mundo sabe que no fundo do Mediterrâneo é que se encontra o legítimo coral vermelho. E que naquela região, nos arredores da Babilônia, todos (faraós, berberes e beduínos) queriam levar um talismã desse coral amarrado ao corpo, já que ele protegia, não apenas dos demônios e das tempestades, mas também dos leões e de outros felinos que, no meio daquelas noites intermináveis, rugiam nos cafundós do deserto...
O Mendigo K que conseguiu entrar clandestinamente no show do McCartney, diz ter ido lá só para ouvir Submarino amarelo... e ter ficado impressionado, mais com a platéia do que com o músico. Segundo ele, com certeza, muitas balzaquianas, com suas filhas e avós, saíram molhadas de lá (de suor), sem falar, evidentemente, dos marmanjos, dançando iê iê iê... E que o que mais lhe chamou a atenção, foi a música escolhida pelo artista, para induzir (mais ainda) a turma a uma tolice regressiva e a uma adolescência perdida: A hard day's night'.
"Tenho trabalhado como um cachorro, ganhando dinheiro para você comprar suas coisas! A mulherzinha está me esperando em casa... (...) Quando eu te vejo sozinha eu me sinto bem..." Diz o bobalhão de Liverpool...
Quem é que nos anos 60/70/80, mesmo com os tanques da ditadura nas ruas; vadiando na clandestinidade e sendo caçado pelo milicos, no meio da Aliança para o Progresso e da fumaceira de um baseado, não rebolou o esqueleto ali nos puteiros do lago ou de Taguatinga, ou mesmo em casa, sábado à tarde, ao lado dos galinheiros?