sábado, 19 de dezembro de 2020

MAMOLATRIA: e o deputado paulista, que apalpou as tetas da colega...




 
A temática de hoje, aí pelos botecos, é o affair do deputado paulista que em plena sessão ordinária, apalpou as tetas de uma colega parlamentar.

O Mendigo K que tomava um capuchinho com um corneto de chocolate, ali na cafeteria do italiano, estava excitado com o assunto e dava uma espécie de aula para duas ou três mendigas que o acompanhavam. Dizia: Há uma espécie de mamolatria no mundo. E não só entre os homens, as mulheres também são loucas por tetas. A origem disso está lá no período da amamentação. Para a criança, dos dois sexos, o mundo está representado nas tetas da mãe, que lhes garante prazer oral e epidérmico, além de sobrevivência. O primeiro e mais potente amor da criança é por aquele corpo... Impossível livrar-se disso nas décadas subsequentes e mesmo por toda a vida... (mesmo que a mãe tenha sido uma megera). Se não mamou, porque não mamou. Se mamou até aos cinco anos, porque mamou demais, ficou quase viciado e dependente. Me entende?

Portanto, seja um adolescente, um marmanjo ou mesmo um velhote qualquer, passa a vida inteira espiando para dentro das blusas das mulheres e, na primeira vacilada, regridem. Querem voltar a mamar... Nos EEUU e outros países hipócritas e moralistas, o simples gesto de olhar inebriadamente para as tetas de alguém, na rua, ou em qualquer lugar, é praticamente um crime. O gesto daquele idiota lá na Câmara de SP, observem, foi um gesto típico de uma criança solicitando a teta. Não se contentam em mamar a vida inteira nas tetas do Estado...

As mendigas o ouviam atentamente e pareciam concordar com suas teses, apesar de manifestarem pelo tal deputado, um radical desprezo. Um porco faminto! resmungavam.

Ele fez um silêncio e arrematou: O que mais me intriga nesses relatos de assédios, é o fato das mulheres, imediatamente depois do ocorrido,  declararem que se sentiram sujas. Sujas? Qual é a lógica desse sentimento? Qual é o sentido disso? Trata-se de uma sujeira moral? Seria uma manifestação religiosa? Um conflito meio esquizoide com o corpo?

... Pediu mais um capuchinho e retirou da mochila dois livros que pretendia terminar de ler neste sábado: Maternidad y sexo, de Marie Langer e Le corps couché, de Roland Barthes...



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