Assédio sexual: carta aberta de 7 mil mulheres do mundo das artes
“Somos artistas, administradoras, assistentes, curadoras, críticas de arte, diretoras, editoras, estudantes, pesquisadoras e universitárias que trabalham no mundo da arte contemporânea e fomos vítimas de assédio, rebaixadas, infantilizadas, depreciadas, ameaçadas e intimidadas por aquelas e aqueles em posição de poder”
Movimento 'Not Surprised 2017' foi criado após acusações de assédio contra Knight Landesman, ex-diretor da revista americana ArtForum'
Por AFP
access_time 31 out 2017, 10h17
Cindy Sherman, Laurie Anderson, Jenny Holzer e outras grandes artistas contemporâneas se uniram a mais de 7.000 mulheres para denunciar o assédio sexual no mundo das artes. O movimento intitulado de Not Surprised 2017 foi criado nesta segunda-feira e acumulou a assinatura de mulheres de todo o mundo.
A iniciativa começou em um grupo de discussão de mulheres e se ampliou rapidamente, após a renúncia, na semana passada, de Knight Landesman, diretor da revista americana ArtForum, uma das mais influentes no mundo da arte. Landesman é acusado de assédio sexual em uma ação apresentada em Nova York por uma ex-funcionária da Artforum, Amanda Schmitt, que também cita assédio do diretor contra outras oito pessoas.
“Somos artistas, administradoras, assistentes, curadoras, críticas de arte, diretoras, editoras, estudantes, pesquisadoras e universitárias que trabalham no mundo da arte contemporânea e fomos vítimas de assédio, rebaixadas, infantilizadas, depreciadas, ameaçadas e intimidadas por aquelas e aqueles em posição de poder”, afirmam em uma carta aberta divulgada.
“Nós vamos denunciar aqueles que continuarem nos explorando, silenciando e destratando. Suas ações não ficarão mais em segredo”, garantem. A carta foi um primeiro passo para as próximas ações do grupo, que acontecerão após novas discussões entre as mulheres.
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